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Vasco investe na base olímpica e avisa: ‘Queremos ser iguais ao Real Madrid’

\"Vasco Há 9 anos, o projeto olímpico do Vasco deixava diretoria e torcedores orgulhosos por 19 dos 83 atletas do clube retornarem dos Jogos de Sidney com medalhas no peito, incluindo o nadador Gustavo Borges e a dupla de vôlei de praia Adriana Behar/Shelda. Quase uma década depois e sem nenhuma equipe profissional, o cruzmaltino carioca quer pensar grande novamente e já definiu sua meta: ser imponente como o espanhol Real Madrid, o que significaria ter uma gestão mais profissional e excelência em outras modalidades, além do futebol.

Nos planos para 2010, os investimentos estão na casa dos R$ 20 milhões. Há, ainda, cerca de 14 projetos sob análise do governo federal para as 15 escolinhas do clube. Os 15 diretores vascaínos direcionados apenas para cuidar dos esportes olímpicos e responsabilidade social não pensam em trazer atletas de alto rendimento para a Colina. Os olhos do Almirante estão voltados somente para as crianças.

- Não estamos preocupados em trazer o Cielo, nosso modelo é na base. Queremos ser iguais ao Real Madrid dentro de cinco anos. Mas, se chegar ao lado do São Paulo em dois anos, olha o quanto já vamos avançar – aponta o vice-presidente de esportes olímpicos do Vasco, José Pinto Monteiro.

\"Basquete Clube com maior número de escolinhas no Rio de Janeiro – tem, em seu estatuto, até mesmo “tiro ao pombo” -, o Vasco sabe que não será possível desenvolver potências esportivas em 15 modalidades. Por isso, a intenção da diretoria é concentrar esforços em somente quatro ou cinco, com destaque para natação, judô e basquete. Este último já está com a inscrição “praticamente feita” para a terceira edição do Novo Basquete Brasil (NBB), que começa em 2010.

- Temos que levar em consideração que só começou a entrar recurso no Vasco no mês passado (patrocínio com Eletrobras, que rendeu R$ 500 mil para 13 modalidades olímpicas e R$ 150 mil somente para natação, basquete e judô). Perdemos uma disputa que vínhamos fazendo ombro a ombro com o Tijuca para trazer o Flavio Canto para coordenar a nossa escolinha de lutas – contou Monteiro, que acredita em uma verba maior para natação, basquete, vôlei, remo, futsal e judô.

Escolinhas do Vasco
Atletismo
Basquete
Esgrima
Futebol
Futsal
Futebol de mesa
Ginástica
Handebol
Judô
Karatê
Natação
Saltos ornamentais
Taekwondo
Tênis de mesa
Vôlei


Preocupação com resultados do Brasil em 2016

Ciente de que o investimento do clube na base pode render medalhas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro-2016, o Vasco quer servir de exemplo para outros clubes brasileiros.

- Há uma grande preocupação entre os dirigentes que o Brasil seja um fiasco nos Jogos de 2016. É capaz de fazermos belíssimas Olimpíadas, um espetáculo fantástico, para medalhar os outros. O país sequer tem atletas para ganhar medalha, porque não está se preocupando com isso. A gente está aqui ainda na esperança do Torben Grael, Maurren Maggi, Jadel Gregório. Esses caras se machucam e não têm mais nada. Não pode um país de quase 200 milhões de habitantes ter só uma ou duas expressões em cada modalidade. Não faz sentido isso. Então, nossa ideia é preparar os atletas, senão a gente corre o risco de passar vergonha.

Remodalação de São Januário está nos planos

\"Vasco Ainda sem uma estrutura física mais moderna para os esportes olímpicos, o Vasco já montou um projeto de remodelação para o complexo de São Januário, que fica na zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com Monteiro, a intenção é construir uma arena poliesportiva no local, que depende de obras viárias na região, mas que deve ficar pronta em 2010 para suprir a necessidade de equipamentos para os alunos das escolinhas.

Enquanto o projeto não avança, o cruzmaltino pensa em alternativas para abrigar os futuros atletas que sairão da Colina. Segundo o vice-presidente, há uma iniciativa de formar uma parceria com as forças armadas, especialmente para o atletismo, que deve ceder representantes já para os Jogos Militares de 2011.

- Está aquele negócio do namoro. Dá a mão, mas não aperta. O clube tem uma proposta boa e eu acho que não tem como esses ambientes não apoiarem o esporte de uma maneira geral. Tomara que venha para o Vasco, que é quem está mais receptivo nesse momento.

Fonte: ge