Vasco entra com ação que alega nulidade de dívida com Romário
O Vasco iniciou nesta sexta-feira uma nova ofensiva contra Romário. O departamento jurídico entrou com uma ação de exibição de documentos, exigindo que o ex-atacante apresente comprovantes da dívida que ele alega ter com o clube. O processo será analisado pela 48ª Vara Cível do Rio de Janeiro e, caso seja deferido, o Baixinho terá cinco dias para apresentar à Justiça o seu contrato de imagem e fazer uma demonstração documental dos valores que alega ter aportado no Vasco, seja como pessoa física ou por meio de sua empresa.
Como trunfo, o Vasco tem anexado à ação um parecer de Ruy Rosado de Aguiar. A análise do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aponta que a confissão de dívida do clube com Romário é nula já que o estatuto do clube classifica como válido apenas o documento que é assinado pelo vice de finanças. Além disso, seria necessário que ele demonstre os contratos anteriores para comprovar a licitude da confissão. Do outro lado da batalha, o ex-atacante alega que o Vasco lhe deve R$ 52 milhões referentes a uma dívida de pagamentos de direitos de imagem acumulada no período de 1999 a 2002 (o valor original é R$ 22 milhões, corrigidos).
- A confissão de dívida apresentada pelo ex-presidente do Vasco não é suficiente para comprovar o que o Romário alega. O parecer do ex-ministro do STJ do clube nos dá a certeza de que o processo do Romário será anulado se ele não demonstrar os respectivos documentos - afirmou Marcello Macedo, advogado do Vasco na batalha contra o ex-jogador.
Dessa forma, Romário terá cinco dias a partir da data a ser decidida pelo juiz para apresentar os comprovantes requeridos. Caso não o faça, o Vasco estuda a possibilidade de acionar o Ministério Público e levar a batalha para a esfera criminal contra o Baixinho e o ex-presidente Eurico Miranda alegando falsificação de documentos.
Além disso, ao longo da próxima semana o clube vai acionar a Justiça para exigir a devolução dos R$ 8 milhões pelo Vasco a Romário de 2004 a 2008 e que, segundo o clube, se referem a uma dívida não comprovada.
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