Futebol

Vasco encara o Caracas para encerrar com longo jejum de vitórias

"O Vasco é pra quem acredita" é o novo bordão do clube e da torcida. Mas um bom resultado esta noite, contra o Caracas, da Venezuela, pela segunda fase da Sul-Americana, passa menos pela mera crença em dias melhores e mais pelo trabalho do Ricardo Sá Pinto. Será o segundo jogo dele à frente da equipe, o primeiro com algum tempo para trabalhar — como se seis dias fossem suficientes para revolucionar o jogo.

Fato é que apenas uma vitória às 21h30, em São Januário, livrará o Vasco de alcançar a décima partida seguida sem vencer na temporada. A última vez que o Cruz-maltimo ficou tanto tempo na seca foi em 2015, quando a campanha ruim culminou com o rebaixamento para a Série B. Vale ressaltar, cinco anos atrás, foram cinco empates e cinco derrotas. Este ano, são sete derrotas e dois empates.

Mas existem motivos para o vascaíno acreditar numa retomada do caminho esta noite que vão além da fé pregada na frase de efeito. Contra o Corinthians, último jogo da equipe na temporada, a atuação já foi melhor, apesar da derrota por 2 a 1. Carlinhos foi um dos responsáveis por isso, com bom desempenho ao ser deslocado para a criação, com menos obrigações de marcação.

— Eu me sinto feliz com o momento. O crescimento individual vem da ajuda dos meus companheiros. Sem eles nada disso teria acontecido. É verdade que o momento da equipe não é dos melhores no Brasileiro, os resultados não estão aparecendo, mas vamos mudar essa situação — afirmou Carlinhos ao site oficial.

Esta noite ele pode ganhar a companhia de Benítez na função de acionar o ataque. O argentino mostrou evolução do problema na coxa esquerda e deve ao menos ser relacionado pelo técnico português. Por outro lado, Cano machucado, está fora da partida. Lucas Ribamar deve seguir no time e fazer dupla de ataque com Talles Magno.

Outra possível novidade no Vasco esta noite é a titularidade de Leonardo Gil, que entrou bem contra o Corinthians. A dúvida recai sobre quem perderá o lugar no time para entrada do argentino. Andrey e Marcos Júnior estão na berlinda.

O adversário da partida desta noite exige uma atenção maior do que a que o fato de ser um time venezuelano pode supor. O Caracas vem de uma campanha razoável na Libertadores: terminou em terceiro no Grupo H, à frente do Independiente Medellín, da Colômbia, e atrás do Boca Juniors e do Libertad. O time terminou empatado com os paraguaios em número de pontos, perdendo a classificação para as oitavas apenas no saldo de gols.

Na vinda para o Rio, a delegação venezuelana teve um atraso de 10 horas no voo que saiu de Caracas, pelo fato de a companhia aérea não ter autorização para voar para o Brasil. Apesar do problema, o Caracas manteve a programação e treinou na parte da tarde de terça-feira para o jogo.

O jogo de volta, valendo vaga nas oitavas de final na Sul-Americana, será dia 4, na capital venezuelana.

Fonte: Extra