Vasco é o único clube a ser contra a utilização do VAR no Brasileirão
Após conseguir o apoio de 18 dos demais clubes do Brasileirão, o Inter levará a diante o seu pleito para ter o VAR nas últimas rodadas da competição. O presidente Marcelo Medeiros tem uma reunião marcada para esta terça-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para apresentar formalmente o pedido pelo uso do recurso de vídeo à entidade. O próprio clube, porém, acredita que os esforços não vão surtir o efeito esperado.
O clube aguarda apenas a manifestação oficial das outras diretorias, com as assinaturas dos presidentes em documentos formais. Apenas o Vasco não se mostrou solícito à iniciativa. O mandatário colorado divulgou o movimento pelo VAR logo após um empate polêmico em 1 a 1 entre as duas equipes em São Januário.
De acordo com o que o GloboEsporte.com apurou, há pessimismo entre os dirigentes sobre o efeito do pleito na CBF, para sensibilizar a entidade a adotar o VAR no Brasileirão, muito em função das manifestações recentes desde que a ideia foi lançada. O clube espera que a pressão e a união dos clubes resulte, ao menos, na adoção do recurso a partir de 2019.
Em entrevista recente, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Coronel Marcos Marinho, afirmou que o recurso não será utilizado.Internamente, a entidade trata como "zero" a chance de adotar a tecnologia ainda em 2019.
– Se a CBF não quiser, talvez ela entenda que não tenham se preparado para implantar o VAR, aí não podemos fazer nada. Esperamos que no ano que vem exista a ferramenta para minimizar os erros. Quanto a pagar ou não, você não sabe o quanto pagamos de taxas às federações. É uma absurdo o que pagamos em taxas. E não sabemos para onde vão. Não vejo problema se tiver que ajudar e pagar mais algo. Um a mais, um a menos, não fará diferença. Mas as federações poderiam colocar a mão no bolso e ajudar o futebol – disse o vice de futebol Roberto Melo após a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, neste domingo.
O pedido por VAR ganhou força no clube a partir do empate em 2 a 2 com o Santos, no Beira-Rio, numa partida repleta de polêmicas. Os colorados reclamaram da demora de Ricardo Marques Ribeiro, que levou cinco minutos entre conversas com seus assistentes para assinalar impedimento e anular gol de Leandro Damião quando o jogo estava empatado em 1 a 1. A ira colorada ficou ainda maior após o 1 a 1 com o Vasco, em que a arbitragem assinalou pênalti polêmico em Kelvin, convertido por Maxi López. Contra o Atlético-PR, nova polêmica, desta vez a favor do Inter, em pênalti assinalado sobre Rossi, já no final do jogo.
Fonte: ge