Vasco e Flamengo se enfrentam para dar mais um passo contra a degola
Experientes e consagrados, Elias e Juninho não têm em comum apenas o número 8 na camisa. Líderes e referências dentro e fora das quatro linhas, os dois são as principais esperanças de Flamengo e Vasco, respectivamente, na luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, os clubes rivais se enfrentam, às 16h, em Brasília, com o objetivo de dar mais um passo na luta contra a degola e impedir a mancha indesejada na carreira dos ídolos.
Em um momento de reestruturação financeira, Elias e Juninho são estrelas solitárias em um clássico esvaziado de craques. Através do talento dos capitães, os técnicos Jayme de Almeida e Dorival Júnior vivem a expectativa de obter o importante triunfo no estádio Mané Garrincha.
Elias balançou as redes em quatro oportunidades no torneio nacional, enquanto Juninho comemorou o momento mais importante dentro de uma partida em duas ocasiões. Separados por dez anos de diferença na idade - Elias tem 28 anos e Juninho 38 anos -, a relevância na fase delicada pela qual os clubes passam praticamente não tem alteração apesar das particularidades da Gávea e de São Januário.
"O Elias é um jogador com uma regularidade impressionante. Tem comandado o time e precisaremos muito dele mais uma vez. É um atleta focado, líder e com um preparo físico excelente, que o permite jogar em várias partes do campo", afirmou o técnico Jayme de Almeida.
Talvez a única diferença entre Elias e Juninho no momento seja o final da carreira. Se o rubro-negro quer evitar a todo custo o rebaixamento pela marca que a tragédia pode causar em uma caminhada ainda em evolução, o vascaíno nem sequer cogita a hipótese de encerrar uma trajetória vencedora com a queda para a segunda divisão.
Recentemente, Juninho deixou clara a importância de o Cruzmaltino unir forças para vencer as dificuldades e escapar o quanto antes da pressão pela ameaça constante da degola na competição nacional.
"A nossa realidade é fugir do rebaixamento. Ficar entre 5º ou 16º não tem diferença para um clube grande como o Vasco. Já vivemos a experiência da queda em 2008 e seria a maior tragédia do clube. Todos os times entram em campo 38 vezes e ninguém pode reclamar se ficar entre os quatro últimos. Só posso dizer que vamos brigar bastante para sair dessa zona desconfortável", comentou o vascaíno.
Além do aperto de mãos antes de a bola rolar, Elias e Juninho tentarão conduzir seus times em uma partida com ingredientes dramáticos. O vencedor terá tranquilidade para a sequência do torneio, enquanto o perdedor reunirá forças novamente para impedir o rebaixamento e a indesejável mancha negativa na carreira.
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