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Vasco despreza orçamento e espera certidões para cortar gastos

O Vasco ainda não cumpriu o orçamento definido para 2013. As principais metas do documento aprovado em dezembro do ano passado pelo Conselho Deliberativo envolvem o corte de gastos com demissões e readequação dos esportes olímpicos. Em crise financeira, o Cruzmaltino não vê alternativa, mas justifica o adiamento das decisões em razão da espera pelas certidões negativas de débitos.

Uma comissão financeira foi idealizada pelo presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, em setembro de 2012. A partir dela, ficou definido que o clube deveria cortar gastos dispensáveis. As prioridades ficaram apenas com o futebol e projetos da reforma de São Januário. O “pente fino” estava previsto para janeiro, mas não houve movimentação relevante, o que faz o clube acumular dívidas e ter maiores dificuldades para honrar seus compromissos.

Seis meses depois ainda estima-se a demissão de 280 funcionários e corte dos esportes olímpicos. Membros da situação e oposição já questionam o que chamam de “desrespeito ao orçamento” e pretendem cobrar formalmente o diretor geral Cristiano Koehler. Segundo eles, o Vasco obteve aval para trabalhar com R$ 150 milhões em 2013. No entanto, o clube só tem acesso a aproximadamente R$ 65 milhões, já que o restante está ligado ao processo de adiantamento de receitas e dívidas contraídas.

Por sua vez, a administração Roberto Dinamite aguarda a oficialização do acordo com a Fazenda Nacional para obter as certidões negativas de débitos e dar início ao trabalho previsto no orçamento. Inicialmente, o anúncio deve acontecer no final do mês, quando também serão divulgados os patrocínios com a Caixa Econômica Federal (R$ 20 milhões) e a montadora de automóveis Nissan (R$ 8 milhões).

Apesar da “lei do silêncio” instaurada sobre o tema pelo diretor geral Cristiano Koehler, o clima é de total otimismo nos bastidores. A confirmação do acordo com a Receita Federal é esperada até o final do mês. Na sequência, o Cruzmaltino divulga as parcerias com a Caixa Econômica e com a montadora de automóveis Nissan.

“Só posso falar sobre isso quando conseguirmos as certidões. Fica difícil divulgar qualquer número orçamentário agora. As nossas ações serão definidas quando tivermos o cenário das certidões em mãos. Preciso de indicadores relevantes. As críticas acontecem, mas existem premissas no orçamento. São acordos, penhoras, tudo influi... Vamos apresentar um plano macro e fazer a coisa da forma correta na hora certa. Porém, não podemos definir a próxima ação sem saber ao certo o que teremos em mãos”, afirmou o diretor geral Cristiano Koehler.

O presidente Roberto Dinamite fez questão de assegurar que o clube irá cumprir o que foi determinado anteriormente. Apesar do acordo firmado com os novos patrocinadores, o mandatário optou pela cautela para anunciar as boas notícias em curto espaço de tempo.

“Vamos resolver a vida tributária do clube. Já apresentamos a nossa proposta. Vamos receber a resposta e cumprir com as nossas obrigações. O caminho está percorrido e resta um espaço pequeno para se tornar realidade. O Vasco não assinou com A, B ou C. Estamos próximos. Falam de Nissan e Caixa, mas isso só vai acontecer a partir do momento em que o clube cumpra os requisitos em cima dos quais trabalhamos. Só posso dizer que está muito bem encaminhado e sabemos que a linha passa em reduzir algumas coisas”, encerrou o mandatário cruzmaltino.

Fonte: Uol