Vasco continua campeão infantil de 2011
O caso não foi simples e gerou bastante discussão no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A final do Estadual do Rio de Janeiro Sub-15, entre Vasco e Fluminense, foi parar na última instância após suposta inscrição irregular de um jogador cruzmaltino. O Tricolor, vice-campeão, pleiteava o título. Mas, por cinco votos a dois, o Fluminense não teve provido o seu recurso, e o Vasco manteve o caneco da garotada.
Após a leitura do relatório, o advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, iniciou sua sustentação afirmando que o problema era que o Vasco inscreveu um atleta no período regular, de acordo com uma resolução firmada entre todos os clubes, mas o atleta em questão já havia jogado por outro clube, no caso o Botafogo, descumprindo o acordo.
O advogado ainda leu o voto do relator do processo no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ), em primeira instância. \"O voto diz que só concorda com uma parte da resolução, a outra parte não\". Em seguida, completou: \"O atleta está irregular em dois prazos, com a resolução ou com o regulamento em vigência\".
Em seguida veio a defesa do advogado do Vasco, Thiago Amaro. O defensor disse que o fundamento da resolução firmada entre os clubes não teria cabimento ao estender o prazo, para dar oportunidade a jovens que estavam sem jogar, e não permitir que houvesse regularização de atleta que já havia disputado partidas em outros clubes.
Os dois advogados tiveram um principio de discussão, que logo foi vetada pelo presidente Rubens Approbato. Por fim, Amaro pediu a manutenção da decisão do TJD/RJ, mantendo o título para o Vasco.
Depois das defesas foi a vez do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, fazer suas ponderações, e destacou a validade da resolução firmada entre os clubes do Estadual Sub-15, assim como a determinação de que jogadores que já haviam atuado não poderiam atuar por outro clube. Com isso, opinou pelo provimento ao recurso do Fluminense, independente da homologação do título do Vasco.
Mas o processo ganhou dificuldades no momento dos votos. Apesar de alguns auditores se dizerem ciente de que poderia haver de fato uma irregularidade, não viam como retirar o título do Vasco, até porque a disputa estava homologada. Assim, a maioria negou provimento ao recurso.
Entenda o caso:
O processo começou motivado por uma notícia de infração proposta pelo Fluminense, que acusou o Vasco de fazer constar nas súmulas das duas partidas finais do Campeonato Carioca Sub-15 o atleta Lucas Quiteria Gomes Monteiro de forma irregular.
O atleta foi registrado como pertencente ao Vasco da Gama no dia 29 de setembro de 2011, beneficiando-se de uma dilação para o prazo de inscrição, com base em documento do Diretor de Competições da Ferj, que estendeu o prazo de inscrição de atletas, inicialmente definido pelo Regulamento da competição como o 3º dia útil anterior o início da segunda fase, para o terceiro dia útil que anteceder a última rodada da Taça Rio de 2011.
Mais lidas
- 5 Gilmar Ferreira: Vasco falha na defesa de Rafael Paiva TOP
- 4 Jornalista critica Paiva: 'Há tempos se perdeu com escolhas...' TOP
- 0 Cenas de Vegetti indignado no banco de reservas viralizam
- 5 Paiva lamenta derrota para o Internacional e enaltece o Vasco
- 4 Jornalista faz duras críticas ao elenco: 'Pior time do campeonato'
- 4 Com decisão do Pedrinho, Rafael Paiva não é mais técnico do Vasco
- 0 Gilmar Ferreira: 'Foi só uma parte do circo de horrores'
- 0 Paiva perdeu o vestiário e provocou irritação: os bastidores de sua saída
- 0 Wellington Campos: Os motivos da demissão de Paiva no Vasco
- 0 Pedrinho fala sobre a demissão de Rafael Paiva