Vasco completa 12 dias de técnico novo

O técnico Celso Roth completou 12 dias no comando do Vasco neste domingo. Sem clube para treinar desde dezembro de 2005, o treinador foi \"ressuscitado\" pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, por considerá-lo o homem capaz de dar continuidade ao projeto dos mil gols de Romário. Uma tareja para lá de honrosa, já que a marca história do atacante é encarada pela diretoria vascaína como a prioridade do clube no ano.

Independentemente da missão que recebeu, o treinador gaúcho não quis saber de esperar pelo Baixinho, que descansou cinco dias em Miami após a desclassificação na Taça Rio, e logo colocou os jogadores para trabalhar. Seus gritos, gesticulações, interrupções constantes a cada erro cometido impressionou o elenco. Houve até jogador que disse \"até que enfim, estamos treinando de verdade\".

O fato é que, com trinta dias à disposição até a estréia do Vasco no Campeonato Brasileiro, contra o América-RN, Celso Roth ganhou não só a base montada pelo longo trabalho de Renato Gaúcho, como também tempo para mostrar aos jogadores como quer que a equipe atue.

- Esse tempo em que não estamos jogando serve para que os jogadores compreendam nossa filosofia de trabalho. Já disse a eles que estou satisfeito com o desempenho até aqui e acho que eles estão entendendo bem o que eu quero - afirma.

Aqueles que acompanham os treinos do Vasco já perceberam o toque de Celso Roth na equipe. No meio-de-campo, Morais e Renato são os primeiros a dar o combate, como quer Roth, em cima dos laterais adversários. E ai deles se não fizerem. O apito do treinador soará e a bronca será certa. Na zaga, Dudar deverá deixar o time, com Jorge Luiz em alta com o técnico. No ataque, enquanto os titulares Leandro Amaral e Romário não ficam prontos, André Dias tem ótima oportunidade de dar uma boa impressão.

Com mais duas semanas de trabalho pela frente até o primeiro jogo no Brasileirão, o Vasco segue firme na busca da confiança perdida. A pegada é firma e não se pode dizer que está faltando trabalho. Assim como seu treinador, o time de São Januário enfrentará mais do que os adversários, como também a desconfiança da torcida.