Clube

Vasco busca fechar R$ 30 mi em patrocínios durante recesso

Enquanto os jogadores do Vasco aproveitam as “férias” em razão da eliminação no Campeonato Carioca, a diretoria trabalha nos bastidores com o objetivo de aliviar a crise financeira. A administração Roberto Dinamite tem a meta de fechar R$ 30 milhões em contratos de patrocínio até o mês de junho.

O Cruzmaltino costura acordos para a cota master e manga da camisa. A montadora de automóveis Nissan está em negociações adiantadas para ocupar o primeiro posto e substituir a Eletrobrás por R$ 20 milhões anuais em duas temporadas de vínculo. O contrato com a estatal foi rescindido, mas a marca segue no uniforme por questões judiciais.

A outra frente de negociação está ligada ao patrocínio para a manga da camisa. Três empresas disputam o espaço. Uma delas ainda é mantida em sigilo, enquanto BMG e Netshoes são admitidas nos corredores de São Januário. O Cruzmaltino espera arrecadar entre R$ 8 e R$ 10 milhões com a parte do uniforme e trabalha com a possibilidade de extensão para outras propriedades.

A questão envolvendo o Banco BMG está atrelada ao passivo antigo entre as partes. Segundo informações, o Vasco deve algo em torno de R$ 13 milhões ao banco e a estratégia pode fazer parte de uma renegociação de valores, embora não seja este o modelo preferido. A diretoria pretende agilizar as tratativas e estampar as marcas escolhidas no lançamento dos novos uniformes, ainda sem data oficial, mas previsto inicialmente para o meio do ano.

O desespero da crise financeira fez a torcida do Vasco se mobilizar paratentar “salvar” o tradicional clube de São Januário. Incomodados com as dívidas e o sucessivo bloqueio de receitas, três torcedores se reuniram e lançaram uma campanha para arrecadar R$ 2 milhões mensais e colaborar com a administração Roberto Dinamite. A iniciativa foi lançada no último sábado e abraçada automaticamente por outros vascaínos através das redes sociais. Porém, a diretoria “vetou” o projeto avulso, mas cogitou a integração junto ao futuro programa de sócios para evitar o desgaste da imagem

Por temer novas penhoras de receitas e ações judiciais, os cartolas cruzmaltinos adotaram o silêncio. O clube teme revelar os nomes dos interessados e causar o bloqueio de novos montantes, como os diversos ocorridos recentemente e que não deixam o clube respirar a cada mês.

“Existem muitas coisas que dificultam. O fato é que o Vasco não pode parar e temos poucas oportunidades para acertar nas escolhas que possam melhorar o clube. Não estamos parados, mas falar não ajuda em absolutamente nada. Garanto apenas aos torcedores que todos estão trabalhando para o bem do clube”, explicou Cristiano Koehler, diretor geral do Vasco.

Fonte: Uol