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Vasco apresenta plano para pagar dívida de R$ 93,5 milhões

O Vasco apresentou ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira o plano para pagar R$ 93,5 milhões à Comissão de Credores do clube. Uma vez aprovado, o Vasco terá até seis anos para quitar esse valor.

A apresentação do plano foi confirmada por meio de um comunicado do TJ-RJ, que informou que, a partir de agora, estão suspensas "todas as execuções em curso contra o Vasco da Gama e também qualquer medida constritiva sobre o patrimônio do clube".

O prazo de 60 dias para apresentar o plano, decisão da presidente do TRT-1 proferida no dia 28 de agosto, terminaria neste sábado. No início de setembro, uma desembargadora chegou a derrubar a sentença que dava ao Vasco o direito de centralizar as dívidas, mas o clube recorreu.

Veja o comunicado do TJ-RJ:

"O desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho atendeu hoje a tutela de urgência para suspender todas as execuções em curso contra o Vasco da Gama e também qualquer medida constritiva sobre o patrimônio do clube. A decisão fixou o prazo de 60 dias para o clube apresentar o plano de credores ao Juízo Centralizador com ordem de pagamento, a quem caberá a fiscalização do seu cumprimento, sob pena de responsabilidade pessoal dos administradores.

O Vasco da Gama apresentou requerimento ao presidente do TJRJ com as dívidas apenas de natureza civil para, assim, permitir a abertura do concurso de credores por meio do Regime Centralizado de Execuções (RCE), de acordo com a Lei 14.193/2021. Sancionada em agosto, a Lei federal instituiu a Sociedade Anônima do Futebol e dispõe sobre as normas de constituição, governança, controle e transparência, meios de financiamento da atividade futebolística e tratamento dos passivos das entidades desportivas.

De acordo com o desembargador Maldonado de Carvalho, o Vasco da Gama preenche os requisitos para o requerimento, por se enquadrar nas regras especiais da nova Lei. Ressalta o magistrado que objetivo do Regime Centralizado de Execuções (RCE) é promover a reunião de todos os processos em fase executiva em um único Juízo Centralizador, com a suspensão das penhoras. A suspensão permitirá o cumprimento das dívidas conforme estabelecido pelo artigo 17 da Lei, que ordena os credores preferenciais ao recebimento dos pagamentos.

O desembargador Maldonado de Carvalho destaca que, deferido o RCE, o prazo para pagamento dos débitos de natureza civil será de seis anos, conforme previsto na legislação. O Tribunal de Justiça já disciplinou o Regime Centralizador de Execuções, com a constituição do Núcleo de Cooperação judiciária – Nucoop, para onde será encaminhado o processo do clube."

Fonte: ge