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Vasco ainda possui pendências com funcionários e colaboradores de 2019

A uma semana da abertura do Brasileiro, tentando ainda entender a economia do futebol no novo mundo, os principais clubes das Séries A e B começam a sentir o impacto dos meses sem futebol no segundo trimestre do ano.

E se 2019 foi para muitos um desastre, 2020 já se mostra terrível.

Receita zero de bilheteria, momento conturbado na relação com as detentoras dos direitos de transmissão, patrocinadores com os dois pés no freio e mercado externo com baixa procura por direitos econômicos.

O resultado dessa equação é o atraso no pagamento dos salários, o não cumprimento de acordos com credores, algumas rescisões contratuais de jogadores insatisfeitos e zero de verba para investimentos em reforços de bom nível.

Com exceção da meia dúzia que fechou 2019 com sobras no balanço entre receitas e despesas, o sentimento da maioria é de completo desespero.

Poucos atingirão as metas orçamentárias e o medo da queda à Série B de 2021 já atormenta antes mesmo de a bola rolar.

Nos clubes do Rio a situação é muito ruim - em que pese o esforço dos dirigentes para não ver a miséria estampada nos times que levam a campo.

O Flamengo anunciou em seu balanço que fechou o semestre com R$ 77 milhões abaixo do arrecadado no mesmo período do ano passado.

Nessa semana, funcionários do Botafogo se pronunciaram num pedido de socorro pelos quatro meses de salários atrasados.

No Fluminense, a diretoria passou os últimos dias negociando redução de salário com os jogadores para equilibrar as contas.

E o Vasco, embora tenha encontrado "equação mágica" para fazer desaparecer os meses em atraso com jogadores, as dívidas parecem vir de poço sem fundo.

O clube ainda tem débitos com funcionários e promissórias a saldar com colaboradores de 2019.

Aliás, um deles é Vanderlei Luxemburgo.

O técnico do Palmeiras, primeiro adversário no Brasileiro, cobra os últimos quatro salários do ano, díviida que, com féras e 13º, ultrapassa os R$ 2 milhões.

Como os clubes de São Paulo também demonstram dificuldades para gerir seus elencos, vide os problemas no Santos, São Paulo e Corinthians.

A exceção por lá é o Palmeiras, mesmo assim porque já havia programado redução de despesas antes da pandemia, vendendo alguns ativos do elenco.

O Atlético-MG do presidente Sete Câmara e do técnico Jorge Sampoli também é dos poucos a se mostrar tranquilo diante do caos.

Ao menos por enquanto.

Tudo isso me faz crer que a edição do Brasileirão do ano da Covid-19 tem tudo para ser das mais sofríveis, refletindo o todo que vemos à nossa volta...

Fonte: Coluna Futebol Coisa & Tal/ Gilmar Ferreira- Extra