Vasco acompanha goleada do Coritiba na rodada e vê risco de queda aumentar
O intervalo entre uma doída derrota e as hostilidades sofridas no desembarque no Aeroporto Santos Dumont foi o avião. Mas nem mesmo na viagem de Campinas (SP) até o Rio de Janeiro, na noite do último domingo, foi possível esfriar a cabeça. O voo que levou a delegação do Vasco até o olho do furacão após os 2 a 1 para a Ponte Preta serviu para que todos remoessem ainda mais o que acontecera poucas horas antes no Moisés Lucarelli. Um resultado que aproximou ainda mais o time do rebaixamento para a Série B - o risco agora é de 66%.
Com a transmissão ao vivo da partida entre Coritiba e Grêmio em pleno voo, jogadores e dirigentes viram nas pequenas telas à frente de seus assentos mais um rival direto na luta contra o rebaixamento se distanciar. E mais: será este mesmo Coxa o próximo adversário do Vasco no Campeonato Brasileiro - neste sábado, em Macaé -, motivado por uma goleada por 4 a 0.
Mesmo tendo a opção de escolher outros canais e, assim, desviar a mente para outro assunto, a maioria dos jogadores preferiu assistir à partida. Além disso, emendaram no programa “Troca de Passes”, do SporTV, no qual ouviram críticas dos comentaristas ao Vasco e acompanharam os melhores momentos da derrota do Fluminense por 3 a 2 para o Vitória, que manteve o rival carioca a apenas três pontos de distância.
Em meio aos momentos de turbulência no voo, que causaram uma pequena tensão em alguns, os jogadores pouco conversaram durante a viagem. Sentados lado a lado, Renato Silva e Wendel, dois dos mais experientes da delegação, falaram bastante sobre o que ocorreu no campo. Não foram vistos sorrisos.
Na parte da frente do avião estavam os dirigentes. O presidente Roberto Dinamite, o vice de futebol Ercolino de Luca, o vice geral Antônio Peralta e o diretor de futebol Ricardo Gomes também tiveram a chance de conversar sobre a partida. O técnico Dorival Júnior deixou Campinas num voo que chegou ao Rio cerca de uma hora depois.
Pisar em solo carioca, ir para casa e descansar ao lado de suas famílias foi uma tarefa árdua para os jogadores. Ainda no avião, logo após o pouso, a delegação tomou conhecimento que um grande número de torcedores a aguardava no saguão de desembarque. Então, sob o comando do chefe da segurança, que estava no voo, foi decidida a estratégia para evitar o contato. Todos deixaram a aeronave e esperaram juntos as ordens para sair do local.
Por uma saída alternativa, o elenco vascaíno deixou o aeroporto em busca de uma tranquilidade, ainda que breve, para retomar o trabalho nesta terça em busca de um objetivo que parece cada vez mais difícil de ser alcançado. Neste momento, voar em céu de brigadeiro é algo distante da realidade cruz-maltina.
Fonte: ge