Vasco 2007: Milésimo gol e vaga na sul-americana. Foi muito pouco...
O ano de 2007 não deixará saudades em São Januário. Terminada a temporada, faz 4 anos que o clube não levanta uma taça no futebol e, mesmo assim, a diretoria preferiu priorizar o marketing em torno do milésimo gol de Romário a partir em busca das conquistas, outrora vastas na Colina.
No Campeonato Carioca, o início foi animador, com o trio Morais-Conca-Leandro Amaral arrebentando com as defesas adversárias. Não demorou para que a primeira decepção aparecesse: o Vasco foi eliminado nos pênaltis pelo Flamengo, nas semifinais da Taça Guanabara, desperdiçando, assim, a chance de se garantir na final do estadual.
A expectativa do milésimo gol do Baixinho tomava conta do Vasco e do Rio de Janeiro durante a Taça Rio. Em ótima fase, mesmo aos 41 anos, Romário marcou 12 gols em seis partidas. Ainda na fase de grupos, em um dos melhores jogos da equipe no ano, os comandados do então técnico Renato Gaúcho golearam o Flamengo, por 3 a 0, num jogo em que o camisa 11 marcou seu 999º gol na carreira. Logo depois, no clássico frente ao Botafogo, quase 80 mil torcedores estiveram no Maracanã para presenciar o triunfo maior do Baixinho. As chances surgiram, mas não deu: 2 a 0, Fogão.
Nas semifinais da Taça Rio, os mesmos rivais voltariam a se enfrentar. Foi um clássico eletrizante, 4 a 4, mas sem o milésimo gol de Romário. Na disputa por pênaltis, o Gigante da Colina voltou a ser derrotado, dando adeus às chances do título estadual.
Paralelamente, a Copa do Brasil iniciava-se. O Vasco passou facilmente pelo Fast-AM na primeira fase, mas a badalação em cima de Romário prejudicou a equipe contra o Gama-DF. Após um empate em 2 a 2 em Brasília, novamente, a torcida ficou descepcionada, quando o time foi desclassificado, com uma surpreendente derrota por 2 a 1, que destruiu o primeiro semestre do clube.
Com Celso Roth no comando, o tempo era de mudanças na Colina. O gaúcho, que chegou sob suspeita, surpreendeu ao conseguir emplacar em São Januário. Considerado um técnico linha-dura, Roth teve o chamado jogo de cintura. Assim, não se incomodou em conceder regalias a Romário e de baixar a guarda quando o assunto era Eurico Miranda. Nessa harmônica sintonia, o Vasco foi imbatível em São Januário e freqüentou a zona de classificação para a Libertadores durante todo o primeiro turno do Brasileiro e chegou a ficar dez partidas invicto, incluindo uma vitória sobre o Atlético-PR, pela Copa Sul-Americana. Isso tudo sem contar, a festa para o milésimo gol de Romário na partida frente ao Sport, em São Januário, principal feito do Vasco no ano e que garantiu, inclusive, o patrocínio do Banco BMG estampado na camisa por pouco mais de dois meses.
Mas o ano não era mesmo cruzmaltino. As saídas de jogadores contestados e a contusão de Morais tiveram efeito posterior no desempenho do time, que, mesmo com a chegada de Andrade, Leandro Bonfim e Enílton e a redenção do argentino Darío Conca, não manteve uma constância. Eurico, então, mexeu novamente no comando do time e convidou Romário - para comandar o Vasco no jogo de volta das quartas-de-final da Sul-Americana, contra o América-MEX. Na primeira experiência do Baixinho como treinador, a vitória vascaína, por 1 a 0, não foi suficiente para evitar a eliminação da Copa, já que, no jogo de ida, o Vasco havia perdido, por 2 a 0, para os mexicanos.
Rapidamente, Valdir Espinosa assumiu o comando da equipe. Contando com a aprovação e o apoio de Romário, Espinosa teve um desempenho razoável ao conquistar três vitórias em seis jogos. O consolo, ao menos, foi a vaga em mais uma Copa Sul-Americana.
- SuperVasco