Vascaínos rechaçam "entrega"; Bismark relembra caso de 1992
Dia 8 de julho de 1992. Vasco e São Paulo se enfrentavam em São Januário e o Cruzmaltino vivia um dilema: ao mesmo tempo que uma vitória poderia levá-lo à final do Campeonato Brasileiro contra o Botafogo, também poderia dar a chance do rival Flamengo de chegar à decisão. Passados 27 anos, os vascaínos "revivem" hoje (6), às 21h30, contra o Palmeiras, em São Januário, uma situação "parecida", podendo interferir diretamente na disputa de título do Rubro-Negro.
Naquela ocasião, para ir à final, o Vasco precisava vencer o São Paulo e torcer por um tropeço do Flamengo diante do Santos no Maracanã. Já em caso de derrota, o Cruzmaltino eliminaria qualquer chance do rival de avançar. Em campo, porém, o "Gigante da Colina" atropelou os são-paulinos por 3 a 0, mas não se tornou finalista porque os rubro-negros, praticamente no mesmo horário, bateram os santistas por 3 a 1, chegando à decisão e se tornando campeões posteriormente sob a batuta do "maestro" Júnior, atualmente comentarista da TV Globo.
Presente naquela partida e autor de um dos gols cruzmaltinos, o ex-meia Bismarck garante que em nenhum momento a equipe cogitou perder para o São Paulo para prejudicar o rival, mesmo quando o Flamengo já vencia o Santos e a torcida vascaína, presente em São Januário, entoou em alto e bom som os gritos de "entrega".
"Eles [torcedores] começaram a gritar depois que o Flamengo fez 3 a 1 [com Gaúcho, aos 45 minutos do segundo tempo], mas em nenhum momento cogitamos entregar a partida, até porque tínhamos chances de chegar à final. Estávamos fazendo o nosso papel. Não tem como entrar em campo e perder. Em 20 anos como profissional, nunca cogitei perder uma partida. Chegamos naquela situação porque empatamos duas vezes com o Santos, que teoricamente era o mais fraco da chave", disse Bismarck ao UOL Esporte.
Na situação de agora, o Vasco passa longe de disputar o título brasileiro, mas ainda briga para se livrar matematicamente de um rebaixamento - embora as chances sejam remotas - e seguir sonhando com uma arrancada à Libertadores de 2020. Porém, uma vitória sobre o Palmeiras, somada a um triunfo do Flamengo amanhã (7) diante do Botafogo, fará o líder Rubro-Negro abrir 11 pontos de vantagem sobre o Alviverde, restando na sequência apenas sete rodadas para o término.
"Somos profissionais. Torcedor tem sua maneira de torcer, mas dentro de campo cada um vai buscar seu melhor. Uma vitória nossa pode favorecer o Flamengo, mas não temos que pensar nisso. Espero que a gente consiga vencer para livrar de vez essa luta contra o rebaixamento", declarou o lateral direito Yago Pikachu que, no entanto, não se opôs a uma torcida rubro-negra pelo Vasco.
"Não sei se teremos a torcida do Flamengo, mas toda ajuda é boa (risos). Nosso principal objetivo é fazer 45 pontos para que a gente brigue por coisas maiores na competição. Se conseguirmos duas vitórias seguidas, esqueceremos a zona do rebaixamento e poderemos pensar em uma vaga na pré-Libertadores".
Vasco ainda pega o Fla
Vale lembrar, porém, que o Vasco pode novamente interferir na disputa do título, já que no próximo dia 13, o Cruzmaltino faz o clássico com o Flamengo no Maracanã.
O jogo foi antecipado em razão da decisão da Copa Libertadores entre o Rubro-Negro e o River Plate (ARG) marcada para o próximo dia 23, mesma data que o clássico carioca havia sido agendado anteriormente pela CBF.
Vascaínos rechaçam "entrega"
O jogo entre Vasco e Palmeiras hoje tem agitado as redes sociais. Alguns flamenguistas - e até vascaínos - suspeitam de que o Cruzmaltino poderia "facilitar" para os paulistas com o propósito de não deixar o Rubro-Negro se distanciar na liderança, mas a grande maioria dos torcedores da equipe de São Januário rechaça tal ideia.
FICHA TÉCNICA
VASCO X PALMEIRAS
Data: 06 de novembro de 2019, quarta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Rafael Traci (SC)
Assistentes: Helton Nunes e Henrique Neu Ribeiro (ambos de SC)
VAR: Heber Roberto Lopes (SC)
VASCO: Fernando Miguel; Yago Pikachu, Oswaldo Henríquez, Leandro Castan e Danilo Barcelos; Fellipe Bastos, Raul (Marcos Júnior ou Felipe Ferreira), Bruno César e Guarín; Rossi e Marrony. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
PALMEIRAS: Weverton; Mayke (Marcos Rocha), Vitor Hugo, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Thiago Santos, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa; Willian (Zé Rafael), Dudu e Deyverson. Técnico: Mano Menezes
Fonte: UOL EsporteMais lidas
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