Vascaínos preparam ações para punir CBF e evitar queda à Série B
Torcedores do Vasco que estavam na Arena Joinville preparam uma enxurrada de ações na Justiça comum relacionadas ao jogo com o Atlético-PR e a briga generalizada no estádio. Há uma série de pedidos: indenizações, destituições de dirigentes da CBF e do time paranaense e a anulação da partida com os pontos dados à equipe vascaína. Isso impediria o rebaixamento do time de São Januário, determinado no campo.
Os processos são articulados pelo advogado Luiz Roberto Leven Siano, que diz já representar cerca de 200 torcedores que o procuraram. Sua ideia é entrar com as ações após o julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em que será analisado o pedido vascaíno de impugnação da partida em Joinville.
“Diversos grupos de torcedores diferentes vieram me procurar, até de grupos de oposição e situação. Estou juntando a lista de quem de fato foi ao jogo, que tem prova de que esteve lá. Tem deficiente físico, pai que protegia o filho. Eles já me mandaram vídeos e outras provas'', afirmou Leven Siano. “Não quero incluir ninguém que tenha participado da briga.''
A ação é baseada no Estatuto do Torcedor e no regulamento de competições da CBF. São nove réus, os presidentes da CBF, José Maria Marin, do Atlético-PR, Mário Celso Petraglia, das federações catarinense e paranaense, e suas quatro entidades, além do árbitro Ricardo Marques Ribeiro.
A alegação é de que as provas demonstram que a partida foi iniciada sem a segurança necessária. E, após a briga generalizada entre as duas torcidas, houve sua sequência também sem condições de segurança. Pelo artigo 19 do Estatuto do Torcedor, respondem por prejuízos aos torcedores à entidade de prática do desporto (Atlético-PR) e a entidade de administração (CBF). Pelo artigo 37, há previsão de suspensão e destituição dos dirigentes.
“Ainda vamos entrar com o pedido de nulidade das decisões da Justiça Desportiva, e portanto, pedir a nulidade da partida e a aplicação dos pontos para o Vasco. Por isso que ainda não entramos porque esperamos a decisão do STJD'', explicou Leven Siano. Baseia-se no Regulamento Geral de Competições que prevê a perda de pontos para o time que responsável por suspender o jogo.
Sua tese ainda é de que os artigoe 34 a 36 do Estatuto do Torcedor foram feridos pelo STJD por não ter julgado pelos princípios da moralidade e impessoalidade. Para embasar as ações, argumentou que o árbitro foi inocentado e a CBF, que tem responsabilidade pelo estatuto, sequer foi denunciada pela briga generalizada.
Leven Siano foi procurado pelos torcedores que estavam no estádio porque tem um histórico de atuação esportiva e de ligação com Vasco. Também representa o ex-jogador Edmundo. As ações que ele vai mover na Justiça comum devem ter diversos foros porque há torcedores de Joinville, Curitiba e Rio de Janeiro, entre outras cidades.
Esses processo não tem ligação direta com a diretoria vascaína, que também estuda ações na Justiça comum segundo afirmou o presidente Roberto Dinamite. Leven Siano disse que outros torcedores já manifestaram interesse em entrar na Justiça comum por conta própria mesmo antes do STJD.
A CBF informou que não irá se pronunciar enquanto não houver de fato uma ação na Justiça comum, enquanto a diretoria do Atlético-PR não foi encontrada para comentar o caso.
Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL EsportesMais lidas
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