Torcida

Vascaínos opinam sobre a venda do futebol do Vasco para a 777

O dia 7 de agosto de 2022 é uma data que vai ficar marcada na história do Vasco da Gama. Como o próprio clube definiu, em carta aos torcedores, é o “momento da virada”. Tudo isso pelo fato da aprovação, em Assembleia Geral, da venda de 70% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para a empresa norte-americana 777 Partners. No total, foram 3.898 votos a favor e 976 contrários.

Com a venda, a 777 Partners, que tem como acionistas majoritários os americanos Josh Wander e Steven Pasko, assume o controle do futebol masculino, feminino e das categorias de base. O grupo se compromete a investir R$ 700 milhões por 70% da SAF — 30% permanecem com o Vasco — e a assumir a dívida de R$ 700 milhões do clube.

Grande parte da torcida do Vasco está bem animada e esperançosa com esse novo rumo que o clube irá tomar. A vascaína e apresentadora do Podcast “Fora do Jogo”, Mariana Barata, comenta o que achou da venda do Gigante da Colina. “Achei a venda de 70% excelente. Tivemos casos de clubes que venderam 90% do futebol, exemplos como Botafogo e Cruzeiro. Então achei bom que o Vasco ainda conseguiu permanecer com 30% do futebol, além do poder do veto”.

Paulo Rogério, jornalista e setorista do Vasco no portal Esporte News Mundo, também aprova a venda do clube. “Acredito que tenha sido algo necessário pelo que o clube se tornou nos últimos anos. Não só pela reestruturação financeira, mas também por uma outra visão, como ser instaurado internamente e livrar o time das diretorias que o afundaram nos últimos anos.

O vascaíno Luan Patrick, de 22 anos, está bastante animado com a venda para a 777 Partners. “Achei a venda muito boa, por mim a porcentagem poderia até ser maior. Ficaria mais tranquilo com eles do que com os políticos”.

Para muitos, a entrada da empresa norte-americana representa um futuro melhor para o clube em todos os sentidos. Eduardo Lucas, Analista de desempenho e mercado, destaca a importância dessa mudança. “A venda de 70% do clube para a empresa norte-americana dá a esperança de poder voltar a competir no cenário nacional e internacional. Acredito que em 3 a 4 anos no máximo, o Vasco possa voltar a disputar títulos”.

Mari, acredita que essa mudança de gestão para a torcida, represente um movimento de limpeza.

“É uma forma de acabar com a politicagem, que no clube é muito forte. São anos de disputa política, de quem tem mais poder no meio desses embates, esqueceram do Vasco. Acho que essa é a oportunidade de reescrever a nossa história. O clube no modelo associativo fracassou, são 20 anos assim. Essa venda representa uma onda de mudança”.

Como em toda mudança, ainda mais de modelos de gestão de um clube, é natural que a animação venha e a esperança por títulos também. Mas é preciso ter paciência. A maioria dos torcedores do Vasco tem essa consciência. Igor Lima, 22 anos, confirma a cautela dos vascaínos. “Não acredito que seja algo imediato assim, acho que em pouco tempo o Vasco pode estar em uma situação melhor que a de hoje, por exemplo, mas não brigando por títulos (desconsiderando o carioca)”.

Luan Patrick também mantém o pensamento de manter os pés no chão.

“Acho que em relação ao tempo normal de reestruturação vai ser mais rápido pelo dinheiro que eles irão injetar. Porém, mantenho os pés no chão e acho que os demais vascaínos também estão com o mesmo pensamento em relação a isso, um passo de cada vez”.

Mari ressalta esse discurso e lembra que times europeus passaram também por esse momento de transição.

“Eu não falaria que o Vasco vai voltar a disputar títulos em pouco tempo. É uma transição, uma mudança bem radical. Acredito que vai levar tempo. Temos exemplos na Inglaterra, como o Manchester City, que levou pelo menos três anos para começar a ganhar títulos. O anseio por conquistas é muito grande, com o aporte financeiro, mas é preciso ter paciência. Não é da noite para o dia que vamos virar uma potência”.

Se fosse escolher os primeiros reforços, quais seriam?

Mariana Barata: Marcelo Bielsa (treinador), Paulinho (Bayer Leverkusen), Phillipe Coutinho, Alan (Everton) e Pedro (Flamengo)

Eduardo Lucas: Martin Ojeda (Godoy Cruz), Thiago Borbas (River Plate-URU), Paulinho (Bayer Leverkusen) e Paulo Otávio (Wolfsburg)

Paulo Rogério: Não vou citar nomes específicos, mas sim alguns perfis que iria atrás. Um zagueiro confiável e experiente com perfil de liderança; dois laterais (um esquerdo e um direito); um meia de criação para não depender do Nenê sempre e um centroavante que não seja tão limitado tática e tecnicamente.

Luan Patrick: Paulinho, um possível retorno seria ótimo; Philippe Coutinho com um projeto bom para meados de 2023 para 2024; Nacho (Atlético-MG) e Allan (Everton e Ex-Vasco).

Igor Lima: Já que vem tendo esse assunto, eu gostaria de ver o Paulinho com a camisa do Vasco novamente. Além dele, Matheus Pereira do Al Hilal; Sasha do Galo; Mayke e Luan do Palmeiras.

Fonte: medium.com