Vascaínos enviam carta ao secretário de Segurança José Mariano
Não vai ser por falta de apelo da torcida que o Vasco vai deixar de jogar em casa os clássicos na reta final do Campeonato Brasileiro de 2011. Depois de colocar faixas em jogos do Vasco, em frente ao Maracanã, na sede do Flamengo e fazer grande mobilização na internet, a torcida vascaína, representada pela campanha \"Clássicos em São Januário\", enviou carta ao secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, para pedir que os jogos contra Botafogo e Flamengo sejam realizados no campo do Vasco.
No documento, os torcedores lembram de grandes eventos realizados na cidade, como Rock in Rio, shows na praia de Copacabana, entre outros, que têm tratamento especial, com a participação do poder estadual. \"A logística de trânsito, com ruas bloqueadas, sentidos alterados e, principalmente, um policiamento ostensivo tornaram esses eventos viáveis e muito mais seguros do que em anos anteriores.\", diz um trecho da carta, que recorre ao \"bom senso e inteligência\" de Beltrame. O secretário de Segurança, aliás, é figura fácil em São Januário, já que a mulher dele é vascaína.
O apelo dos vascaínos lembra que clássicos em qualquer lugar, seja no Maracanã ou no Engenhão, sofre com os problemas que podem acontecer com jogos grandes em São Januário. Ainda cita que São Januário tem ruas estreitas, dificuldade de acesso e pontos de violência iguais ao Engenhão.
Além de pedir aumento do policiamento no dia 4 de dezembro, dos clássicos entre Vasco e Flamengo, mais Botafogo e Fluminense, o movimento critica o Vasco não poder jogar as partidas contra os rivais cariocas dentro de casa. \"Somos o único clube do BRASIL a ter três mandos de campo a menos do que todos os rivais por conta da não-liberação da Polícia Militar\", diz outro trecho da carta.
O pedido é que a segurança pública do Estado, governado pelo vascaíno Sergio Cabral, garanta a \"tranquilidade e a paz\" na cidade.
\"É apenas isso que a torcida do Vasco deseja, que possa usufruir da própria casa em jogos de importância em que o mando de campo lhe pertencer. Para isso contamos com a sensibilidade e o planejamento de um governo que dá esperanças de que, sim, são os homens de bem que mandam nessa cidade! Não nos tirem esse direito\", finaliza o documento.
