Vascaínos de SC falam da emoção de ver o Vasco jogando na Ressacada
Apesar da vitória não ter sido alcançada na partida do último sábado, contra o Avaí, na Ressacada, a torcida vascaína mais uma vez se mostrou gigante fora do Rio de Janeiro. O setor visitante mais uma vez esteve lotado, e torcedores de todo o estado vieram apoiar o time.
O vascaíno Tiago Matos, recém chegado do Rio de Janeiro para morar em Florianópolis, se surpreendeu com a torcida do Vasco em Santa Catarina. O carioca aprovou a animação dos torcedores, que apoiaram o time e cantaram mesmo quando o time começou a perder o jogo e as chances claras de gols. A única desaprovação do novo morador de Florianópolis foi o complicado acesso ao estádio, que só é possível através de um caminho, resultando sempre em demorados engarrafamentos.
Nem os torcedores mirins escaparam de comparecer a partida da última rodada. Os pequenos Enzo, de seis meses, e Marina, de apenas três meses, marcaram presença e chamaram a atenção durante o jogo.
O vascaíno Rafael Gomes, pai de Enzo, fala sobre o sentimento de levar o novo vascaíno ao estádio pela primeira vez.
“É uma sensação única. Acredito que todo pai que gosta de futebol sonha em levar seu filho ao estádio e que principalmente ele torça por mesmo time, como pai e torcedor farei de tudo para que ele seja vascaíno. Como? Levando ao estádio, comprando camisa e plantando esse amor pelo clube da mesma forma que tenho. Percebi que desde mais novinho quando ele começou a prestar a atenção nas coisas ao seu redor, ele olhava para a televisão quando tinha partida de futebol e chamava a atenção dele, acho que pela cor da grama, pela cor dos uniformes dos times e o vai e vem e as comemorações dos jogadores, despertava a atenção dele. Eu achei que levando ao estádio ele veria tudo ao vivo o que já gostava de ver em casa pela televisão.”
Rafael conta que sua esposa Rozani relutou para aceitar a ideia de levar o bebê ao jogo, mas que aceitou, considerando a importância do momento para o pai e por ser uma partida entre torcidas aliadas. No fim, ela aceitou, tomando os devidos cuidados.
“Como vascaína também topou, mas levou a bolsa dele, toda equipada pra não faltar nada e não corrermos o risco dele ficar sem nada durante o jogo.”
Para Marcela, mãe de Marina, levá-la ao jogo foi uma grande alegria. A pequena torcedora também foi acompanhada irmã mais velha, Mariana, de 8 anos, e o pai, que também é vascaíno. A mãe diz sentir-se realizada.
“Eu me sinto simplesmente realizada em ver minhas filhas comigo, seguindo meus passos, torcendo para o Gigante e ver que não é imposição minha, e sim que a Mariana já entende e curte de verdade, é gratificante.”
O pai de Marina, Beto, um dos líderes da torcida União Vascaína, também fala sobre a emoção de ensinar o caminho vascaíno para a filha e a levar a Ressacada.
"Foi a realização de um sonho, poder assistir o Vasco ao lado da minha família vascaína. Infelizmente a vitória não veio, mas me senti realizado."
Frequentadora dos estádios e integrante de Força Jovem do Vasco, Marcela diz que não deixaria de levar a filha, pois sabia que seria um jogo tranquilo. Ela conta que no início, o marido ficou relutante, com medo de que a criança fosse se assustar com o agito do estádio, porém como ela reagia bem em lugares movimentados, ele atendeu o pedido e a deixou levar. Ela ainda conta que já esperava por esse momento.
“Eu já imaginava e já sonhava com isso, eu fui grávida em alguns jogos, e como o jogo caiu nessa data aqui na nossa cidade, a levei, e levaria mesmo se ela tivesse apenas alguns dias (risos).”
Para o time, o apoio da torcida é sempre fundamental, independente da idade do torcedor. Rafael ainda ressaltou a importância de apoiar o time mesmo nas horas ruins.
“Acho que é de extrema importância à presença da torcida nos jogos, mesmo passando por esse momento conturbado mais um rebaixamento, devemos apoiar, mas também entendo o porquê de alguns jogos estarem vazios em São Januário, a torcida ficou bem chateada com esse rebaixamento e não abraçou o time como das outras vezes. Como carioca residente há seis anos em Florianópolis, não tenho muita oportunidade de ver o time, então como vascaíno fui apoiar o time na Ressacada.”
Além dos torcedores mirins, outra forte presença no estádio foi de torcedores de outras cidades do estado. Em uma caravana organizada pela torcida Almirantes do Sul, vieram cerca de 80 torcedores de cidades do Sul de Santa Catarina.
O líder da torcida organizada, que já tem cerca de 300 sócios cadastrados, Rodrigo Kuerten, fala que o apoio da torcida é primordial.
“Sempre vamos nos jogos em SC, quando podemos vamos em outros estados também, mas nossa prioridade é apoiar o time quando ele vem aqui para o estado. É de fundamental importância para o clube ter o apoio da sua torcida na arquibancada.”
Apesar do resultado ruim contra o Avaí, Rodrigo adianta que outra caravana será feita para a partida contra o Criciúma, e que a expectativa é que o número de torcedores para essa viagem seja maior.
Por: Laís Benner
Fonte: SUPERVASCO.COMMais lidas
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