Futebol

Vascaíno e Tricolor do Shakhtar prometem ir com tudo contra o Urubu

A rivalidade do Flamengo com Vasco e Fluminense entra em campo neste domingo. Mesmo com a partida sendo diante de um clube de fora do Brasil: o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. A partir das 17h, quando pisar no gramado do Mané Garrincha, em Brasília, o Rubro-Negro vai reencontrar do lado oposto dois velhos rivais. Em um time recheado de brasileiros – 13 ao todo –, Alex Teixeira e Wellington Nem são os revelados no Rio de Janeiro, dois jogadores que foram por diversas vezes adversários do Fla no clássico. Desde as categorias de base cruz-maltina e tricolor, respectivamente.

E a ligação com seus times formadores permanece forte, apesar da distância. Se na teoria o amistoso serve de preparação para o ano da equipe carioca e para a segunda metade da temporada dos ucranianos – classificados para as oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa –, na prática cria um clima de motivação extra à dupla, que deve ser titular e almeja estufar a rede do antigo arquirrival.

Fora do país desde 2010, Alex Teixeira até hoje carrega consigo um lema popularizado pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, algo que respinga até nos jogadores da base: jogo contra o Flamengo "é um campeonato à parte". O último clássico que disputou, de um total de cinco entre os profissionais, já tem quase seis anos. Para o meia-atacante, que deixou a sua marca contra o Bahia na última sexta-feira na Fonte Nova – no primeiro dos cinco amistosos do Shakhtar no Brasil –, reencontrar o Rubro-Negro é uma chance de homenagear os torcedores vascaínos e melhorar o retrospecto diante do rival: são três derrotas, um empate e só uma vitória, com um gol marcado em 2008.

– Para mim é um jogo à parte. Eu vim do Vasco, sempre que jogo contra o Flamengo eu tento dar a vida e ganhar deles. Em todos os jogos contra eles dava a vida, tentava fazer gol e ganhar – disse o atacante, que prometeu, se marcar neste domingo, dedicar à torcida cruz-maltina.

Já Wellington Nem chegou perto, mas jamais balançou a rede rubro-negra em quatro partidas pelo profissional, sendo três pelo Fluminense e uma pelo Figueirense – quando foi emprestado em 2011 para ganhar experiência e se tornou uma das revelações do Campeonato Brasileiro.

Sua melhor lembrança do confronto é da vitória no Fla-Flu dos 100 anos do clássico, em 2012. Seu desempenho contra o rival, porém, é melhor do que o seu companheiro de equipe: são dois triunfos, um empate e uma derrota. Se faltou gol no time principal, ele garante que sobrou nos duelos de base e espera se inspirar nos tempos de carrasco para desencantar na categoria.

– Na base, a maioria das vezes fui vitorioso contra o Flamengo. Fui campeão carioca em cima deles, eliminei no Brasil-Japão (torneio sub-15 organizado por Zico e disputado no CFZ por times brasileiros e japoneses)... Era um time no qual gostava de fazer gol, mas no profissional acho que é o único grande do Rio que não fiz gol. Estou na expectativa de marcar agora. Tomara que dessa vez saia.

No Flamengo, Léo Moura vai ter a mesma nostalgia dos velhos rivais. Desde 2005 no clube, o lateral-direito é o único jogador do elenco atual que enfrentou Alex Teixeira e Wellington Nem pelo Rubro-Negro: dos nove jogos da dupla contra o Fla, no profissional, o camisa 2 esteve em campo em sete ocasiões.

Após encarar o Flamengo, o Shakhtar ainda terá pela frente o Atlético-MG, quarta-feira, em Belo Horizonte; o Internacional, sexta-feira, em Porto Alegre; e o Cruzeiro, no outro domingo, novamente em Brasília. Após o tour de 20 dias no país, o clube retorna à Europa para continuar a disputa pelo título do Campeonato Ucraniano – está em segundo lugar, cinco pontos atrás do Dínamo de Kiev – e para enfrentar o Bayern de Munique, dia 17 de fevereiro, pela Liga dos Campeões.

 

Fonte: ge