Variação do dólar faz Vasco ter dívida com Cano; renovação depende de acerto
A permanência de Cano, com contrato a vencer em 31 de dezembro, é desejo de grande parte dos torcedores, mas a diretoria do Vasco precisa quitar uma dívida de aproximadamente R$ 3,5 milhões para avançar na tentativa de renovação.
Parte do débito é pela variação do dólar em relação ao Real. Quando o argentino foi contratado pelo Vasco, em dezembro de 2019, a moeda norte-americana estava cotada em aproximadamente R$ 4. Hoje está em R$ 5,46.
Esse tipo de acerto com jogadores que recebem o salário vinculado ao dólar - geralmente o que é praticado com estrangeiros - costuma acontecer no final de contrato, e a negociação vinha sendo conduzida por Alexandre Pássaro, executivo de futebol que se deixou o Vasco na quinta-feira.
Os cerca de R$ 3,5 milhões não contemplam somente a variação do dólar, mas também os salários de setembro, outubro, novembro, dezembro e o 13º. Pássaro vinha negociando com José Constanzo, agente de Cano, o acerto desse débito e a renovação do contrato do argentino por mais um ano. Constanzo fica no Brasil até o próximo dia 16.
A identificação criada com o Vasco e a boa relação com Pássaro e Fernando Diniz tinham deixado a renovação bastante adiantada. Com a saída do executivo e do treinador, a negociação muda de patamar.
O jogador, aliás, ficou chateado com a saída da dupla, que se despediu de jogadores e funcionários no CT Moacyr Barbosa na sexta-feira - Diniz, inclusive, concedeu entrevista coletiva. O argentino postou foto em que dá um abraço no dirigente. O último encontro de Pássaro e Diniz com os atletas, aliás, foi repleto de emoção, já que ambos eram muito queridos pelo grupo. Leandro Castan, Romulo, Sarrafiore e Morato foram alguns dos outros que publicaram imagens ao lado do executivo.
Se o futuro de Cano ainda não estava definido, com novas incertezas em relação ao comando do futebol o fazem, ao lado de seu seu agente, pensar ainda mais para definir se seguirá ou não em São Januário.
Em dois anos de Vasco, Cano soma 99 jogos e 43 gols. Tornou-se referência pelo faro artilheiro, mas também por atitudes fora do campo. Em contrapartida, perdeu pênaltis em partidas decisivas no ano de 2021, contra Internacional, ainda na Série A, e Brasil de Pelotas e Guarani, na B.
Fonte: geMais lidas
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