Valdir Bigode monta CT e sonha ser treinador
Centroavante, artilheiro e... bigodudo. Estas características remetem qualquer vascaíno a figura de um dos atacantes que marcou passagem por São Januário: Valdir Bigode. Sem jogar futebol desde 2007 devido a uma lesão no joelho esquerdo, o ex-atleta começa a planejar sua vida fora das quatro linhas, mas nunca longe dos gramados.
- Estou montando um centro de treinamento em Campo Grande, no Rio de Janeiro, e falta terminar apenas o campo oficial. Tive um problema no joelho, passei por uma cirurgia e agora estou cuidando da minha vida. Tive tempo para resolver alguns problemas particulares e agora estou me preparando para voltar ao futebol. Não para jogar, mas no meio do futebol, trabalhar como treinador contou.
Com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro como São Paulo, Santos, Atlético-MG, Botafogo, além do Vasco, Valdir se alegra por ter conhecido muitas pessoas no futebol.
- Vivi momentos mágicos no futebol, fiz amigos e é muito bom porque você está jogando e às vezes não é muito conhecido, mas encontra vários jogadores famosos que te dão moral. Você encontra meninos desconhecidos também, que se transformam em excelentes jogadores.
E um desses jogadores que começava a despontar no futebol quando Valdir chegou ao São Paulo, em 1996, foi Dodô, hoje principal atacante do Vasco, posto que já foi do ex-jogador.
- Quando cheguei no São Paulo o Dodô estava subindo dos juniores, não tinha muitas oportunidades. Depois o reencontrei no Santos, em 2000, mas jogamos pouco tempo juntos lembrou Valdir, que aprovou o novo comandante do ataque cruzmaltino.
- O Dodô é um grande jogador. Os números não mentem. Mas para o jogador ficar marcado no clube precisa de um tempo e conquistas. Se ele não sair do Vasco, com certeza pode ficar marcado na história do clube.
Valdir fala com a propriedade de quem já conquistou quatro títulos do Campeonato Carioca com o Vasco, sendo três seguidos em 1992, 1993 e 1994, além do de 2003. Mesmo com três passagens pelo Atlético-MG, ele não esconde que o Gigante da Colina foi o que mais marcou sua carreira. Mas outra característica da sua passagem pelo futebol, fora a cruz-de-malta no peito, foi o bigode, que lhe rendeu o apelido.
- O bigode é uma forma carinhosa de tratamento das pessoa e você acaba marcado por isso.