Futebol

Vai ficar? Rodrigo Caetano fala sobre eleições do Vasco

Rodrigo Caetano virou um nome comum para os vascaínos. Na segunda passagem pelo clube, após dois anos no Fluminense, o diretor executivo de futebol não esconde de ninguém que o Cruz-Maltino é "diferente". A boa relação com torcida e funcionários e a liberdade no cargo que ocupa mostram como ele se sente em casa na Colina. Todavia, esta relação pode estar perto de um novo fim.

O motivo é bem simples: o dirigente tem contrato com o Vasco até o fim do ano, mas admite que pode deixar o clube após a eleição presidencial, que deve acontecer em agosto. Por isso mesmo, antes de acertar o retorno, combinou uma cláusula que permite a saída antes do fim do vínculo. Entretanto, calejado com o mundo do futebol, ele não descarta a permanência até dezembro, ainda que tudo dependa do novo presidente.

– Com toda honestidade, me vejo preparando um terreno de continuidade até o fim do ano, mas minha obrigação e meu compromisso são até a data da eleição. Não depende só do meu desejo. Existe essa variável de quem vai assumir, se quer ou não a minha continuidade, quais são os projetos. Tenho um contrato que permite a saída a qualquer momento para o clube e para mim – comentou Caetano.

Desde que começou a carreira de dirigente, em 2005, ele também trabalhou no Grêmio e no Fluminense. Mas o próprio admite que a relação com o torcedor vascaíno é mais intensa. O futuro presidente com certeza sabe disso. Até agora, porém, nenhum deles o contactou.

– Nenhum dos candidatos conversou comigo. E nem tem que conversar, mesmo. O futuro presidente terá o direito de escolher com quem quer trabalhar. Meu cargo é apolítico – reafirmou o dirigente.

Em suma: os próximos meses serão de decisões. Para ele, para a nova diretoria e para o torcedor.

OBJETIVOS ENCAMINHADOS

Quando retornou ao Vasco, no início da temporada, Rodrigo Caetano traçou, em companhia com a comissão técnica, três objetivos para o decorrer da temporada. Em apenas cinco meses de trabalho, boa parte deles está encaminhada para ter sucesso.

– Tudo aquilo que coloquei foi para um ano de trabalho. Por isso, trabalhamos em três pontos: enxugar a folha salarial, montar uma equipe competitiva, de acordo com as nossas condições, e o terceiro seria ganhar o Estadual, que não nos permitiram, e a Série B. Até o presente momento, tudo está bem encaminhado. Quando assumimos, pegamos 19 atletas que não faziam parte dos planos. Hoje, temos apenas três – disse.

BATE-BOLA

Rodrigo Caetano, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net

Quantos reforços o torcedor ainda pode esperar?
Buscamos mais dois ou três atletas até a parada da Copa do Mundo. Quando nos reapresentarmos, no dia 13 ou 14 junho, teremos o elenco praticamente fechado. Trabalharemos com um grupo que varia entre 30 e 33 atletas. É o que a gente vem conversando com a comissão técnica e julga como ideal.

No início do ano, vocês falavam em contratar um centroavante, mas Edmilson e Thalles estão bem...

Era a nossa intenção trazer um jogador de referência. Mas, com o passar dos meses, o Edmilson se tornou artilheiro jogando nesta função. Isso foi bom para o clube, porque talvez tivéssemos de investir mais forte. Além disso, tivemos a perda do Everton Costa. Quando se diz que futebol é dinâmico, é a mais pura realidade.

Rafael Vaz e Montoya não estão tendo tanto espaço e o contrato do Reginaldo está acabando...

O Reginaldo, quando chamado, se apresentou bem. Estamos avaliando a renovação ou não. Está à disposição do Adilson. Os outros dois têm contratos longos e estarão aqui até quando chegar algo bom para os dois lados.

Fonte: Lancenet!