Vai dar liga? Elenco mostra sintonia e identificação com a Cruz de Malta

Depois de iniciar o Carioca com o pé direito, mostrando que não veio a passeio, o Vasco busca manter o pé no acelerador para chegar firme no Brasileiro. A cada triunfo, a animação toma conta das arquibancadas e chega até os sites de apostas esportivas, onde os torcedores aproveitam a boa fase para apostar nos jogos do time, com acesso a bônus e recursos que auxiliam na hora de fazer o melhor palpite.

O Cruzmaltino busca virar a página da última temporada, em que permaneceu na Segunda Divisão, para escrever novos capítulos em 2022. E o desejo de todo vascaíno é um só: conquistar o retorno à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. 

Para alcançar esse objetivo, o Gigante da Colina fez a limpa no elenco e trouxe diversas caras novas. Uma das críticas no ano anterior era a falta de comprometimento dos atletas em campo, frustrando, muitas vezes, os torcedores, que cobravam uma postura mais aguerrida. 

Diante das cobranças, o Vasco foi ao mercado e traçou um perfil para os reforços que deveriam chegar: jogadores com experiência, que chegassem para brigar pela titularidade e, sobretudo, que tivessem identificação com a Cruz de Malta, sabendo o peso da camisa que estariam vestindo.

Alguns dos reforços, inclusive, são vascaínos de coração e, assim que chegaram, não esconderam a felicidade por estar em São Januário. São os casos do volante Yuri Lara e do lateral-direito Weverton.

- Sou vascaíno desde criança. Meu avô é vascaíno doente. Quando chegou a proposta, ele ficou muito feliz. A Família toda ficou feliz, mas meu avô torce muito pelo Vasco -, explicou Weverton.

Já Yuri Lara revelou uma história inusitada: de férias na casa dos pais, na Pavuna, no Rio de Janeiro, ele foi acordado às 9h por um grupo de vascaínos soltando fogos em frente à residência, para comemorar a contratação. Sua família é toda composta por vascaínos e assistir aos jogos do time com os primos sempre era um dos programas preferidos.

Outros, embora não sejam declaradamente torcedores, deixam claro que tem consciência da responsabilidade que é estar representando um Clube centenário. O volante Matheus Barbosa, em sua chegada, comentou que “a camisa do Vasco é pesada e só de vestir já é um desafio”.  O meio-campo Isaque foi outro que deu declarações na mesma linha: “Sei o tamanho dessa camisa e quero aproveitar a oportunidade da melhor maneira possível”, disse na ocasião.

E não são somente os jogadores que andam por aí ostentando orgulho. Após a vitória na estreia do Carioca, um vídeo viralizou na internet com a mãe do zagueiro Anderson Conceição vibrando muito na torcida pelo time. 

A prova de que o ambiente parece já ser outro em São Januário e no CT Moacyr Barbosa, mais precisamente, é o clima de descontração entre os jogadores, e a união que foi formada mesmo em tão pouco tempo e com tantas caras novas.

Após receber assistência de Bruno Nazário na vitória por 4 a 2 sobre o Volta Redonda, Raniel arrancou risos dos vascaínos ao chegar para treinar no outro dia tendo que pagar R$ 500 reais ao colega pelo “presentão”. 

A torcida também já deu provas de que vai estar ao lado do time, reafirmando a canção que diz que “todo vascaíno tem amor infinito”. Foi assim na estreia contra o Volta Redonda, que contou com bom público no Estádio Raulino de Oliveira, empurrando o time do início ao fim. 

Se todos esses fatores (identificação com a Cruz de Malta, união do grupo e força da torcida) vão se transformar em vitórias dentro de campo e o acesso à Série A, ao fim da temporada, nenhum vascaíno pode prever. Mas o que é certo é que, por ora, já é possível perceber um elenco que vai brigar até o fim para alcançar os objetivos e devolver a alegria ao torcedor. 

Foto: Expresso 1898