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União dos jogadores do Vasco é a chave do sucesso

Dedé, Diego Souza, Juninho, Felipe; a superação pós Ricardo Gomes... inúmeros são os motivos que podem apontar o sucesso do Vasco na temporada passada. De fato, tópicos não faltaram para engrandecer o grupo em 2011. Porém, entre a própria delegação cruz-maltina, nada reflete mais em campo do que a amizade criada entre os jogadores. Dos mais novos aos mais velhos, é uma unanimidade a questão. Por isso, não poderia ser diferente o clima familiar que toma conta do ambiente em Atibaia, interior paulista, onde está sendo realizada a pré-temporada.

Mesmo com os intensos treinamentos físicos comandados pela equipe do preparador físico Rodrigo Poletto, o sorriso é a marca presente no elenco vascaíno. O volante Nilton atesta o fato.

– Passamos mais tempo juntos do que com nossos familiares e, graças a Deus, o ambiente aqui é ótimo. Somos uma família mesmo – enfatiza.

Apesar de tanto entrosamento, há diversas singularidades no elenco. O grupo dos mais novos, comandado pelo trio Allan/Bernardo/Fellipe Bastos, é o da animação e da bagunça. O lateral-direito Fagner e o volante Nilton chegam a se considerar irmãos. Há também o grupo dos mais experientes, formado por Diego Souza, Alecsandro e Renato Silva, que brinca bastante mas, juntamente com Felipe e Juninho, pede a palavra em momentos importantes e, frequentemente, chama algum jovem para um conselho particular.

O Maestro, no auge da sua experiência, já chegou a declarar que este é o melhor grupo com o qual já trabalhou, e o atacante Alecsandro, um dos líderes, faz questão de dar as boas-vindas para quem é novo no elenco cruz-maltino.

– O Rodolfo e o Thiago Feltri estão reforçando o nosso elenco agora e já foram muito bem recebidos. Aqui é sempre assim. Uma disputa sadia – frisou o camisa 9 de São Januário.

No hotel, muita diversão

Quando não estão treinando, os jogadores estão se distraindo de diversas formas. Os maiores passatempos têm sido o videoga- me e o uno, jogo de baralho no qual vence quem terminar primeiro sem nenhuma carta.

No futebol virtual, Fagner costuma ser o grande vencedor e, vez por outra, tem seu reinado ameaçado pelo volante Diego Rosa.

No uno, há vezes em que até dez participam de uma vez só. O argentino Chaparro costuma ser um dos fãs do jogo.

O trem que transporta o elenco do hotel para o campo sempre rende brincadeiras e costuma ser comparado com as kombis que fazem lotadas no Rio de Janeiro.

Feliz com o clima, Rodolfo já se sente à vontade no grupo.

– Parece que já estou aqui faz tempo. Brinco, participo, mas também trabalho com seriedade. Esse é o foco da pré-temporada – disse.

União vascaína

Turma da bagunça O grupo que anima o elenco vascaíno é formado pelos jovens e é encabeçado por Allan, Dedé, Fellipe Bastos e Bernardo. É de lá que, geralmente, saem as comemorações curiosas do Vasco. Adeptos do funk, eles costumam ensinar passos aos companheiros.

Turma da resenha
Com uma vivência grande no futebol, a turma formada por Diego Souza, Alecsandro e Renato Silva costuma arrancar gargalhadas do grupo com histórias para lá de curiosas vividas no mundo da bola. Em momentos importantes, porém, eles chamam a responsabilidade e, vez por outra, aconselham algum jovem.

Turma da experiência
Juninho e Felipe são as referências dentro do grupo. Sempre que pedem a palavra, despertam a atenção de todos. O Reizinho, com seu jeito mais sério, e o Maestro com a irreverência de sempre.

Clima nem sempre foi bom assim
A O bom ambiente da equipe nem sempre foi assim. No início do ano passado, o elenco vascaíno teve alguns problemas de relacionamento.

No período em que o time foi comandado pelo técnico Paulo César Gusmão, alguns episódios arranharam o clima.

Mesmo que ninguém queira falar abertamente, o treinador esteve longe de ser unanimidade entre os jogadores. Muitos foram os que se incomodaram com atitudes do comandante. Até mesmo entre os funcionários PC não gozava de simpatia, e sua saída chegou a ser comemorada.

Outro que teve problemas foi Carlos Alberto. Certa vez, o apoiador chegou a discutir asperamente com o presidente Roberto Dinamite. Por pouco não chegaram às vias de fato. Há quem diga, nos bastidores, que sua relação com Felipe também não era das melhores.

A chegada de Ricardo Gomes e Cristovão Borges foi determinante para a mudança de ambiente na Colina.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance