Futebol

Uma noite de fuzarca

A lô, Rio de Janeiro, aquele abraço! Depois de o Flamengo dar um grande passo na disputa com o Ipatinga - se conseguir a vaga, garantirá a primeira final regional da Copa do Brasil para os cariocas -, Fluminense e Vasco fizeram bonito no Maracanã. Um espetáculo que já começou com um caloroso abraço dos dois capitães, Edilson e Petkovic, deixando de lado as rusgas dos tempos de Gávea. O magro placar de 1 a 0, com gol do Capetinha, engana. Ontem, foi dia de jogão no maior palco do futebol do país.
A partida começou a todo vapor e nervos à flor da pele. Difícil era acompanhar a velocidade com que a bola trocava de lado. Contudo, o jogo parelho durou apenas dez minutos. A partir daí, só pressão do que parecia ser um carrossel tricolor, tantos eram os jogadores que participavam das jogadas de ataque. Primeiro foi Roger, que por muito pouco não marcou de cabeça. Logo depois, Thiago Silva fez um gol em impedimento. Mais alguns minutos e foi a vez de Jean carimbar o travessão.

Enquanto isso, o Vasco fazia o que podia para frear o ímpeto tricolor. O chute insosso de Roberto Lopes foi a única resposta dos cruzmaltinos. A partir daí, o jogo ganhou em tensão e perdeu em qualidade, com poucas oportunidades para ambos, apesar de o ritmo frenético ter continuado até o fim da etapa.

No segundo tempo, a bola rolou em compasso mais cadenciado. O time da Colina começou a se mostrar mais consistente do que no primeiro tempo e passou a deixar o Fluminense acuado em seu campo de defesa. Morais carimbou o travessão tricolor e incendiou a equipe de São Januário. Os tricolores ameaçavam com Lenny e Tuta, mas sem serem contundentes, como na primeira etapa. Pet, por sua vez, irritava a torcida, sem mostrar o mesmo desempenho do início do jogo.

Se o Fluminense não aproveitou o seu melhor momento na partida, o Vasco não repetiu o erro. Após cruzamento de Ernane, Edilson, herói da classificação sobre o Volta Redonda, na fase anterior, mais uma vez deixou a sua marca.

Jogão com dois vencedores: o Vasco e o futebol carioca.

Fonte: Lance