Treinador e conciliador: Cristóvão administra queixas dos medalhões
O Vasco se orgulha de dizer que montou um grupo formado por uma base de jogadores experientes e vitoriosos em suas carreiras. Em São Januário, o consenso é que essa característica dá ao time a possibilidade de disputar títulos. Mas como não há lugar para todos entre os titulares, normalmente há atletas com currículos invejáveis que precisam buscar seu espaço, o que cria momentos de insatisfação. Assim, tornaram-se normais no grupo manifestações públicas de insatisfação. E no meio disso tudo está Cristóvão Borges.
O último caso foi Eduardo Costa, que minimizou a importância do recém-negociado Romulo e destacou seu currículo como um dos argumentos para retornar ao time titular. Também nesta semana, Alecsandro afirmou que o Vasco não precisava contratar outro centroavante, indo de encontro ao movimento da diretoria, que busca um atleta para substituir o camisa 9 em caso de lesão ou suspensão.
Barrado contra a Ponte Preta, Diego Souza optou por uma comemoração raivosa ao marcar o gol da vitória por 3 a 2 naquela partida. Durante a Libertadores, Felipe desabafou após uma atuação de gala em São Januário saindo do banco de reservas.
O técnico diz compreender a manifestação dos jogadores, e tenta, na medida do possível, administrar insatisfações e apagar incêndios. Segundo ele, esses episódios não chegam a ser um problema e julga até ser saudável o comportamento dos atletas.
- Todos têm o direito de se expressar, e cada um faz da sua maneira. Não vejo como um problema, porque são sentimentos verdadeiros. Nada disso altera o que nós pensamos em relação à filosofia de trabalho. De início, só fica satisfeito quem está jogando. E eu acho que tem de ser assim, porque todos precisam buscar seu espaço e aproveitar as oportunidades - avaliou o treinador vascaíno.
Confira algumas frases:
- É complicado escalar quando se tem um elenco forte. Mas quando eu estiver atrapalhando, não tem problema nenhum. Posso pendurar as chuteiras ou voltar para o Qatar e jogar meu futebolzinho lá - Felipe, após sair do banco e brilhar na vitória do Vasco por 4 a 2 sobre o Alianza Lima, pela Libertadores.
- Vinha treinando e jogando bem antes da lesão e acho que poderia somar com minha experiência em momentos decisivos e importantes. Mas o treinador é quem decide e ele optou por outros. Eu respeito. É ele quem tem de achar as soluções - Eduardo Costa, ao comentar o tempo no banco de reservas.
- Vocês (jornalistas) estão loucos para contratar um atacante. Há uns seis meses vejo vocês falando sobre isso com o Daniel (Freitas, diretor de futebol do Vasco). Felizmente pude dar uma resposta positiva, jogando quase todas as partidas deste ano. Hoje, com a volta do Tenorio, não vejo a necessidade da chegada de mais um atacante - Alecsandro, ao falar sobre a busca do clube por mais um centroavante.
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