Trajetória de Allan reforça importância do Colégio Vasco da Gama
Allan Marques Loureiro, 18 anos, atuou em 14 partidas pelo Vasco. Formado nas categorias de base do clube, o volante fez a sua estreia no empate em 2 a 2 com o Atlético-GO, no dia 5 de setembro deste ano. Vindo do Madureira para o Juvenil do Vasco em 2008, o futebol de Allan foi reconhecido pelo Técnico Dorival Júnior com a Série B já em andamento.
- O Dorival é um dos melhores treinadores e sou muito grato a ele. Posso dizer que foi uma pessoa muito importante neste início de carreira - reconheceu o atleta.
Ocorre que Allan, aluno do 3º ano do Colégio Percepção em Irajá, ao ser integrado ao time Profissional do Vasco, foi obrigado a interromper os estudos e somente agora, após o fim do campeonato Allan recebeu uma série de trabalhos dirigidos para compensar o tempo fora da escola. O jogador está sendo acompanhado por professores e terá até o dia 22 de dezembro para entregar os exercícios.
O jogador Vascaíno que demonstrou excelente futebol durante todo o ano, agora dá um grande exemplo ao não abandonar os estudos e procurar, mesmo com sacrifício, a sua formação acadêmica. Por outro lado o próprio Colégio Percepção está de parabéns por sua compreensão. Porém,o Colégio Vasco da Gama, dentro de São Januário, já é estruturado para adaptar-se as exigências feitas aos atletas.
O bom funcionamento do Colégio Vasco da Gama garante não só a adaptação do ensino à rotina dos atletas da Base, como a possibilidade da não interrupção dos estudos caso o atleta precise servir ao time adulto.
- Olha, o pior é que senti falta da escola, das aulas e dos amigos. Quando eu era dos juniores, treinava de manhã e estudava à tarde. Mas isso é algo que escolhi para mim, é um sacrifício que valerá a pena - afirmou.
Nos corredores do colégio, Allan é descrito como bom rapaz. A popularidade é visível, mudança radical na vida de quem passou a vestir a camisa de um dos maiores times de futebol do país da noite para o dia. Entre os professores, Allan também goza de prestígio. Ainda assim, não há privilégios. Existe sempre espaço para o bom e velho puxão de orelhas.
- Eu sempre disse que ele é um abençoado. O mais importante é seguir calçando as sandálias da humildade. Ele não é bagunceiro, mas gosta de falar em sala, ser o centro das atenções - brincou a professora Simone, de História e Geografia ao Lancenet.
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