Torcidas dão o tom no grande clássico
Mesmo com o Maracanã diminuído pelas obras, o espetáculo de um grande clássico carioca com duas torcidas cantando, exaltando sua paixão, agitando suas bandeiras, como ainda ontem fizeram as do Vasco e do Fluminense, é uma festa para os olhos e uma certeza da eternidade do futebol carioca.
Não restou dúvida que toda essa energia saída das arquibancadas se incorporou aos jogadores e eles começaram a correr mais, a lutar com mais garra do que habitualmente fazem pela posse da bola, pelo objetivo que era o de superar o adversário, de fazer o gol, alcançar a vitória. Cada vez que um vascaíno tomava uma bola na raça, a torcida respondia: \"dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Vasco, o Vasco é o time da virada, é o time do amor\". E o mesmo se repetia do lado tricolor: \"dá-lhe, dá-lhe Nense, com muito orgulho, com muito amor, a benção, João de Deus!\"
Se no primeiro tempo, os tricolores vibraram mais, estiveram mais presentes no campo inimigo, cantaram mais, no segundo, aos poucos, o grito vascaíno foi aumentando de tom, acompanhando a vertiginosa subida do time em campo, até a explosão com o gol de Edílson: \"ô urubu, pode esperar, a tua hora vai chegar\".
Precipitação? Saberemos quarta-feira, pois tem replay do jogão no Maracanã, e , como clássico é sempre clássico, imprevisível, ainda restam 90 minutos para o time tricolor tentar virar o jogo e a galera soltar o grito que ontem foi sufocado pelo gol do capeta Edílson.
- SuperVasco