Torcedores e comerciantes lamentam escalação de reservas em clássico históri

Na primeira partida da história entre Botafogo e Vasco no Engenhão, a escalação de reservas por parte dos técnicos Cuca e Antônio Lopes esvaziou o clássico. Em função das semifinais da Copa do Brasil, quarta-feira, os titulares foram poupados e a torcida, também.

Alvinegros e vascaínos não compareceram em bom número e os efeitos do público ruim foram sentidos pelos “insistentes” que prestigiaram o jogo e pelos comerciantes que trabalham no estádio.

Alberto Stender, 27 anos, viajou de ônibus de Ipanema até Engenho de Dentro para torcer pelo Botafogo, na estréia de Carlos Alberto no Engenhão. O engenheiro civil afirmou nunca ter visto uma partida tão vazia entre os dois clubes: – Eu gosto mesmo é de estádio cheio. Mesmo tendo vindo de longe para assistir à partida, queria que mais torcedores tivessem vindo.

A vendedora de pipocas Adriana Souza também reclamou do pouco movimento. A venda caiu drasticamente em comparação à última partida no estádio, contra o Corinthians. Até momentos antes de a bola rolar, ela havia conseguido vender apenas seis sacos de pipoca.

– No último jogo eram nove pipoqueiros por setor. Neste clássico foram quatro. Mesmo assim, vendemos menos – lamentou.

Se o público pequeno gerou insatisfação entre torcedores e comerciantes, os policiais não tiveram do que reclamar. Nenhum caso de briga ou roubo foi registrado no Juizado Especial Criminal (Jecrim).

ILUMINAÇÃO

Cerca de 12 holofotes do Engenhão apresentaram defeito durante a partida e permaneceram apagados durante boa parte do tempo. Apesar da menor claridade em alguns pontos do gramado, o problema não chegou a atrapalhar os jogadores.