Torcedores do Vasco saem do ES para ver final e cogitam ir à Justiça
A determinação para que a final da Taça Guanabara seja com portões fechados pegou de surpresa muitos torcedores de outros estados que vieram ao Rio de Janeiro para assistir à partida. Um grupo de sete vascaínos, por exemplo, veio do Espírito Santo e chegou à cidade no sábado pela manhã. Agora, cogitam ir à Justiça caso não possam ver a partida.
- Chegamos no sábado de manhã. Estamos no hotel e acordamos com essa notícia. Já passamos perrengue ontem como sócio-torcedor para conseguir ingressos. E agora essa notícia absurda. (Vamos entrar na Justiça) com certeza absoluta - relatou Kamylo Tresena, que é sócio do Vasco.
Eles estão hospedados num hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro. Calculam que cada um tenha gasto em torno de R$ 1,2 mil para ver a partida, entre passagem aérea, hotel e ingresso.
- Revolta de ter vindo à toa. Abri o Twitter às 5h. Acordei os outros que estavam no quarto e falei: "Conseguiram estragar um jogo que era para dar 70 mil pessoas". Estamos esperando a decisão de reverter ou não para antecipar o voo - completou Kamylo.
Vasco informa situação de torcedores a desembargadora
O departamento jurídico do Vasco, em contato com o gabinete da desembargadora Lucia Helena de Passos, responsável pela decisão, observou a situação de torcedores que estão ou já estavam se deslocando de outros estados para assistirem à partida, uma vez que não tiveram tempo de saber da decisão. O clube tem a informação de que já há torcedores no entorno do Maracanã.
O Vasco entrou com pedido de reconsideração da decisão ainda na madrugada de domingo. O clube entende que há "impossibilidade logística de se segurar 30 mil pessoas ao redor do estádio" e que "haverá imensa dificuldade operacional para se devolver o ingresso para quantidade tão vultosa de torcedores. Por mais, tal fato nunca ocorreu no Brasil".
Entenda a disputa entre Flu e Vasco pelo setor sul do Maracanã
Fluminense e Vasco divergem quanto o direito de sua torcida utilizar o setor sul do Maracanã em clássicos entre os clubes. O Tricolor argumenta direito por contrato, enquanto o Cruz-Maltino alega direito histórico.
A divergência remonta a 1950. Na época, ficou decidido que o campeão carioca teria o direito de escolher onde posicionar a torcida e o Vasco optou pelo lado direito às cabines de imprensa. Em 2013, porém, o Fluminense assinou um contrato com o consórcio que administra o estádio que definiu que o Tricolor utilizaria o setor sul do estádio, à direita das cabines, e o Flamengo, o setor norte.
Desde a reabertura do Maracanã, foram disputados nove clássicos entre Flu e Vasco no estádio. Em todos eles, apesar dos imbróglios, independentemente do mandante, a torcida tricolor ocupou o Setor Sul.
Fonte: ge