Tópicos abordados pelo secretário da Casa Civil sobre o Maracanã
Veja mais tópicos abordados pelo secretário da Casa Civil, Nicola Miccione:
Mínimo de jogos por ano
– 70 jogos são o número necessário que garante viabilidade econômica para a manutenção do estádio. O Maracanã demanda um valor expressivo de manutenção anual, os estudos apontaram que o valor de 70 jogos como parâmetro, conjugado com a obtenção de outras receitas, garante a manutenção para o prazo de 20 anos da concessão. Isso não significa que, na prática, havendo necessidade de um número menor, o gestor busque receitas complementares à realização de jogos.
"Número de 70 é um ponto a ser discutido, outras concessões falam em 60, 66, e a gente ouvindo a sociedade pode fazer ajustes, mas dentro de uma lógica financeira, que haja garantia de equilíbrio econômico para a manutenção do estádio".
Preocupação com o gramado em meio ao número de jogos
– Será necessário ajuste no gramado, aperfeiçoamento e qualificação maior para a manutenção do gramado, mas comparando com outros estádios do mundo, não vemos nisso um problema, desde que aperfeiçoamentos ocorram.
Divisão da gestão
– Poderão participar tantos clubes quanto necessário para a habilitação mínima de 54 jogos em competições apontadas no edital, de nível nacional e internacional. É uma questão que não compete ao Estado definir. O Estado define o número de jogos mínimo. Se o gestor irá discutir a realização de jogos entre dois, três clubes, não cabe ao Estado definir.
– É muito importante evitarmos os problemas da concessão anterior, e de outras no Brasil que não deram certo: um gestor que vai conversar depois com os clubes. Se a gente olhar o histórico, verifica que a relação é sempre ruim. Nesse modelo, a gente traz os clubes como protagonistas para que as regras estejam previamente discutidas com o gestor ou com o consórcio vencedor, de modo que tenhamos um ano de atividades sem discussão jogo a jogo do gestor com os clubes. Você força que a gestão do estádio previamente converse com os clubes.
Ingressos
– A gestão da utilização dos ingressos é da empresa ou do consórcio vencedor. O Estado não incluiu nenhuma exigência de volta da geral ou de preço popular. É uma dinâmica de mercado, o estado não pode interferir numa questão como essa.
Matheus Montenegro, VP de Relações Institucionais do Fluminense
Preocupação com o gramado
– É, de fato, um ponto de preocupação. O clube quer que o gramado seja o melhor possível, a gente já vem trabalhando em cima disso e, no momento da concessão, se tudo der certo, a gente vai trabalhar ainda mais para que o gramado fique ainda melhor.
Alguma empresa já mostrou interesse em fazer parte da concessão?
– Tem diversas empresas no Brasil e no mundo que fazem gestão de arena. É natural que haja procuras, mas não houve nenhuma conversa oficial.
Renovação até nova concessão
– A gente tem um termo temporário que vale a cada seis meses, ele vai expirar agora, então é necessário que haja mais uma prorrogação. O processo de licitação é um processo demorado, então, é bem provável que haja mais uma prorrogação.