Tiago Reis comenta sobre seu momento no Vasco
O ano de 2020 não era dos melhores para o centroavante Tiago Reis. Pouco jogou na temporada e, nas raras oportunidades que teve, sempre jogou fora de sua posição. Estava no fim da fila entre os atacantes até que tudo mudou a partir do dia 28 de outubro.
O Vasco estava no aperto contra o Caracas em São Januário: 0 a 0 e com um a menos em campo. O português Ricardo Sá Pinto, que havia gostado dos treinos do jovem de 21 anos, o lançou aos 39 do segundo tempo. Três minutos depois, marcou o gol da vitória que garantiu a classificação vascaína - na semana posterior, os times não saíram do zero na Venezuela.
A confiança voltou com tudo. Em si próprio e do treinador português, que o tratou como "um finalizador nato que precisa de poucas oportunidades para marcar".
- Acredito que sim (perguntado se sente que ganhou espaço na briga por posições). No futebol, a confiança é um dos pontos mais importantes para o jogador. Sempre trabalhei da melhor forma para estar preparado quando a oportunidade surgisse e, graças a Deus, consegui ajudar o time nessa classificação.
Sem ter atuado sob a orientação de Ramon Menezes, subiu escadas na hierarquia do ataque vascaíno após decidir contra os venezuelanos. Dificilmente será titular neste domingo, contra o Palmeiras, às 16h, em São Januário, porque Cano está de volta, mas certamente terá chances.
Questionado se o sentimento é de que virou o reserva imediato do argentino, ele desconversou e preferiu celebrar o fato de voltar a se sentir útil no grupo.
- O meu sentimento é de fazer parte do grupo, de me sentir importante para o Vasco. Não fico pensando nisso de ser titular, primeiro ou segundo reserva. Quero sempre jogar, como qualquer jogador, e corresponder em campo quando tiver as oportunidades. O pensamento no coletivo é o mais importante.
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E aquele drible de letra no fim do jogo com o Cariocas no Rio: você treina repetidamente ou saiu de improviso?
- Aquele lance, especificamente, foi de improviso, pensado ali na hora. Nos treinos a gente brinca com a bola, ensaia alguns lances, mas na hora do jogo, dependendo da situação, surgr uma jogada nova é necessária para dar sequência ao lance.
Ter atuado como ponta no início do ano atrapalhou seu desenvolvimento?
- Não atrapalhou. Acho importante o jogador se acostumar a atuar em mais de uma função, ser versátil. Claro que minha posição de origem é de camisa 9, perto da área e do gol adversário, mas acredito que essa experiência de jogar no lado do campo agregou à minha carreira.
Está decidido a jogar somente como centroavante?
- Não podemos falar que só vamos atuar em uma posição específica. Estou à disposição do professor para ajudar o time onde ele precisar. Minha função é fazer gols, mas em prol do time estou disposto a ajudar em qualquer circunstância.
Fonte: ge