Futebol

Thalles fala sobre política brasileira: "Não curto muito"

Eles são a esperança do futebol brasileiro por dias melhores, a próxima geração com a responsabilidade de conquistar a sonhada medalha de ouro olímpica em 2016, no Rio de Janeiro, e recuperar a imagem da Seleção pentacampeã em 2018, na Rússia. Mas, além de jogadores, os garotos do Brasil sub-21 também são cidadãos, cada um com preocupações diferentes para o país, justo num momento importante como as eleições presidenciais.
Curiosamente, a seleção brasileira sub-21 joga nesta segunda-feira, às 19h (de Brasília), contra os Estados Unidos sub-23, no estádio Mané Garrincha, na capital brasileira, em meio à corrida presidencial – o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real, e o SporTV transmite ao vivo a partida.  A política passa longe do ambiente da equipe, mas os jogadores não deixam de externar aquilo que esperam para os próximos anos.

No atual elenco, 13 atletas jogam no Brasil, mas nem todos votaram. Houve quem teve de justificar por atuar em outro estado, como o lateral Douglas Santos, paraibano que joga no Atlético-MG. Também há casos de atletas que não perderam muito tempo durante a eleição: o atacante Thalles, do Vasco, por exemplo, votou em branco em todos os cargos.

- Foi a primeira vez que votei, não sei muito... Estava com pressa porque tinha que ver meu filho. Não me envolvo muito com este negócio de política, não curto muito – disse o centroavante, mantido como titular por Gallo após fazer dois gols sobre a Bolívia na vitória por 3 a 1.

A maior parte dos jogadores não se sente tão confortável falando de política quanto de futebol. Mas ninguém deixa de dar opinião nem de apontar as melhorias que espera. Ademílson, atacante do São Paulo, votou antes de apresentar à seleção e enfatiza as questões de segurança e honestidade.

- Espero mais tranquilidade nas ruas, menos pobreza, pouca corrupção, pouca sacanagem com o povo brasileiro. Não é porque a gente é jogador que só pensa em esporte. A gente também é ser humano, brasileiro, não quer nada diferente. Queremos tudo o que o povo quer. Paz, tranquilidade, sem corrupção, pouca pobreza – disse Ademílson.

Para Douglas Santos, o importante é a educação.

- Está faltando educação certa, apoio aos pobres que não têm casa. Isso seria muito importante.

ANDREY: DRAMA COM A SAÚDE PÚBLICA

No caso de Andrey, saber o que é preciso é fácil. Ele sentiu na pele os problemas de um dos setores mais criticados pela população: o atendimento público na saúde. Em 2009, o goleiro perdeu o pai e acredita que, se esta área estivesse um pouco melhor, o pior não teria acontecido.

- Esta é a coisa mais fácil de responder: espero melhoria na área da saúde. Eu passei por um problema familiar que, se tivesse um pouquinho mais de estrutura, não aconteceria o que aconteceu. Não ligo de pagar imposto. O desconto é muito alto, mas não ligo, contanto que tenha alguma melhora. Eu ficaria muito satisfeito se visse algo assim. Precisei do serviço público e não correspondeu da melhor forma. Senti que poderia ter sido um pouco melhor – relatou Andrey, bastante emocionado.

Fonte: ge