Texto "Que vascaíno é esse!" em destaque no site de Chico Anysio

Escrito pelo vice-presidente de relações especializadas do Vasco João Ernesto e lido pelo autor na entrega da Medalha do Mérito Desportivo – Homenagem Post Mortem a Chico Anysio, evento realizado no dia 20 de fevereiro, na sala multimídia que leva o nome do falecido humorista, o texto “Que vascaíno foi esse!” ganhou destaque no site oficial do falecido humorista Chico Anysio.

A leitura do texto durante a homenagem de entrega da Medalha do Mérito emocionou Malga Di Paula (viúva de Chico), Bruno Mazzeo, o Ministro de Esporte Aldo Rebelo, o presidente do Vasco Roberto Dinamite e todos os presentes na cerimônia.

Confira o texto na íntegra:

Que vascaíno foi esse!

João Ernesto da Costa Ferreira

Certa feita, de uma tribuna como essa, discorri sobre o nosso Clube, onde exaltava o quão ímpar tem sido a trajetória do nosso Vasco. O texto, batizei de “Que Clube é esse!”.

Hoje, sou convidado a falar sobre um ser humano igualmente ímpar e que, como nós, carregava a Cruz de Malta no lado esquerdo do peito. Para mim, uma honra. Para o Vasco, igualmente uma honra, por ser a sede de tão bela homenagem.

Assim, não poderia dar outro título a esse pequeno texto que não fosse “Que vascaíno foi esse!”.

Que vascaíno foi esse que, nas mais diversas manifestações de arte, mostrou-se gênio.

Que vascaíno foi esse que, como gênio, criou dezenas, centenas de tipos que diferenciavam-se entre si, mostrando-nos o que víamos no nosso dia a dia. Nos fazia rir. Nos fazia sorrir.

Que vascaíno foi esse que, magnânimo como sempre foi, proporcionou oportunidades a quem já não mais vislumbrava tê-las, mostrando-se o amigo certo nas horas certas.

Que vascaíno foi esse que soube tão bem perpetuar na sua família o amor por esse Clube, impregnando de vascainismo os corações de irmãos, sobrinhos, filhos e netos.

Que vascaíno foi esse que, defensor ferrenho da democracia, lutou como poucos para vê-la consolidada no nosso País e no nosso Clube.

Que vascaíno foi esse que, como poucos, fez jus ao dito “Vai-se o homem, fica a obra!”. E que obra!

Senhoras, senhores, esse foi Chico Anysio, gênio da raça, vascaíno de raça.

Chico querido, esteja onde estiver, receba o nosso agradecimento pelo que representou para nós, brasileiros.

Chico querido, esteja onde estiver, receba o nosso carinhoso beijo por ter tido um coração como o nosso, um coração vascaíno.

Muito Obrigado!