Futebol

Tenório: "Vou voltar com a faca afiada"

Há um mês, Tenorio era o jogador mais festejado do Vasco no pequeno tour por Manaus e Brasília. Pela Copa do Brasil, o Vasco vencera o Nacional, com dois gols do equatoriano. Na sequência, o time fez boa partida contra o Corinthians, no Distrito Federal, mas não conseguiu a virada (1 a 1). Antigo artilheiro do Vasco no ano, o equatoriano foi superado na derrota para o Vitória por 2 a 1 na última quarta-feira, quando André, titular da posição, fez o nono gol em 16 jogos no Brasileiro.

Tenorio também marcou nove vezes no ano, porém a maioria (três vezes) em amistosos. Fora essas partidas, foram dois gols no Carioca, dois na Copa do Brasil e dois no Brasileiro. No ano, foram 29 jogos, mas quase metade deles (15) na reserva. Apesar disso, o experiente jogador de 33 anos não perde a pose, o sorriso e muito menos o humor.

- Vou voltar com a faca afiada - diz o equatoriano.

Sempre com palavras positivas e frases de efeito nas entrevistas, Tenorio adota um lema para sua vida no futebol: o jogador deve dar a vida em campo, mas se perder o jogo, a vida não acaba.

- O resultado depende de muitos fatores. Em cada jogo que temos até o final do campeonato vamos lutar muito. A gente sabe que o barco está lotando de água e a gente não quer que ele afunde. Temos que sair de campo e deixar tudo que temos de melhor lá dentro - afirma Tenorio.

Sobre a concorrência com André, Tenorio reconhece o bom momento do artilheiro do time no campeonato. Ele lembra, no entanto, que está bem fisicamente e que está pronto para tudo nas duas oportunidades seguidas que vai ter, primeiro contra o Atlético-MG, depois contra o Goiás, pela Copa do Brasil. Nestes jogos, André não vai poder atuar por questões contratuais no primeiro e por não estar inscrito na competição do segundo.

- Nenhum jogador gosta de ser suplente. O André me conhece, sabe que estou feliz por ele. Se ele marcar o gol e a gente vencer, fico feliz. Se nenhum de nós marcar gol e o Vasco vencer, estamos felizes também. Mas claro que não é fácil jogar 90 minutos a cada dois meses. Não é fácil jogar só por 15 minutos - lembra o jogador, fazendo referência aos jogos que entra no fim das partidas. - Mas estou completamente bem, o Dorival sabe que pode confiar em mim para amanhã (domingo), quando precisar. Sempre que tiver jogar, vou estar com a faca afiada.

Fonte: ge