Tenório: Temos que vencer o problema e não o problema nos vencer
Cinco meses depois de uma gravíssima lesão no tendão de aquiles da perna direita, o atacante Carlos Tenório está de volta ao Vasco. O jogador já foi relacionado pelo técnico Cristóvão Borges para a partida desse domingo, às 16h (de Brasília) contra o Corinthians, em São Januário. Um retorno surpreendente pelo tempo, pela expectativa que se tinha para a recuperação.
Aos 33 anos, o atacante criou uma enorme esperança entre os vascaínos, pois defendeu a Seleção do Equador na Copa do Mundo da Alemanha. Ele chegou nessa temporada, mas jogou apenas três partidas, marcou um gol e se machucou. Em um bate-papo exclusivo, conta como se sentiu quando soube da gravidade da lesão.
- No momento da lesão me senti muito triste, muito triste. A gente tem que vencer o problema e não o problema vencer a gente, então eu busquei vencer o problema.
Tenório venceu com dedicação. O tratamento pra essa lesão exige muitas horas de fisioterapia. Basta ver o que acontece com Adriano, que teve o mesmo problema e não se cuidou como deveria. Tenório foi um paciente nota dez.
- Eu não estou acreditando que me recuperei de uma lesão tão complicada, a mais complicada a minha carreira. Via os companheiros colocando as chuteiras e eu o tênis. Eles iam para o campo e eu para a academia - disse ele, que foi muito elogiado pela fisioterapeuta vascaína Vanessa Knust.
- É muito dedicado, não faltou nenhum dia a fisioterapia. Brincava se tivesse que vir de manhã, de tarde e de noite, ele faria.
Outro profissional que exaltou o comprometimento do equatoriano foi o preparador físico Romildo Gomes. Segundo ele, o atacante chegava no clube antes dele.
- Eu chegava aqui, ele ja tava dentro da sala. Sete horas já tava aqui. Ele queria fazer tudo.
Impetuoso, raçudo e gente boa, Tenório viveu dez anos no Oriente Médio. Foi lá que conheceu o \"amigão\" Felipe, que chegou a lhe dar o dvd do filme Cidade de Deus.
- O Felipe é um amigo, amigão, amigão. Eu ficava vendo aquele filme toda hora, o Felipe não aguentava mais.
Neste domingo, contra o campeão brasileiro e da Libertadores, Tenório vai recomeçar. E ele está doido pra ouvir os gritos de demolior novamente.
- Quando me chamam de demolidor, eu gosto muito, eu gosto muito. Me dá muita motivação.
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