Técnico do Vasco pede marcação, movimentação e frieza
Desde que Romário deixou o clube, há um mês, o Vasco está invicto, com três vitórias em cinco jogos. As boas atuações contra Criciúma - Copa do Brasil - e Internacional - Brasileirão - deram ao técnico Renato Gaúcho e aos jogadores a certeza de que a maior qualidade da equipe no ano passado voltou: forte pegada na marcação e muita movimentação ofensiva.
Sem relacionar a melhora da equipe à saída do Baixinho, Renato Gaúcho avaliou:
- Temos jogado melhor. Essa é a cara que quero para o Vasco: marcação dura o jogo todo. Assim tivemos nossos melhores momentos no ano passado.
Ao mesmo tempo em que elogia a evolução, o treinador diagnostica o maior problema do time. Curiosamente, o Vasco, na opinião de Renato, carece de uma característica que era marca registrada de Romário: a frieza na hora de finalizar.
- Contra o Internacional, faltou tranqüilidade, personalidade, especialmente nos lances de área. Vou passar o vídeo e mostrar ao grupo que, com um pouco mais de frieza, teríamos vencido na estréia.
O meia Morais, que deixou o jogo contra o Inter inconformado com as chances perdidas, complementa a opinião do técnico.
- É como o Renato diz, às vezes parece que a bola vira uma dinamite quando entramos na área. Fazemos o mais difícil, e na hora do gol, que é a parte mais gostosa, falta a frieza de artilheiro - disse o meia, lembrando que o exemplo esteve por muito tempo dentro de casa. - O Romário era o maior exemplo dessa calma dentro da área.
Apesar do nervosismo na hora de finalizar, o empate contra o Inter na estréia do Brasileiro deixou o Vasco otimista.
- O clima mudou em relação ao Estadual. Conseguimos abafar o Inter no segundo tempo. É até inconsciente, mas o Brasileiro dá muito mais motivação que o Carioca - reconhece, sincero, Morais.
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