Tadeu Schmidt: 'Foi com o cavalinho do Vasco que o negócio pegou'
Os cavalinhos do Fantástico estão a venda em todos os lugares. Porta de estádios, praças, bancas de jornais, semáforos… tudo pirataria, claro. Sacanagem seria oferecer a versão falsificada para o Tadeu Schmidt, né? Pois aconteceu.
“O pirata eu não compro. Já me ofereceram. Pra mim cara?”, relatou o apresentador em meio a risadas sobre a reação que teve quando foi abordado por um vendedor no semáforo.
Os cavalinhos se tornaram marca registrada e sucesso. Até Anitta tirou foto com eles. Como acontece várias vezes na vida, nada foi planejado. Tadeu pretendia apenas caracterizar uma situação. Sem saber criou um quadro que caiu no gosto do público.
“A gente pensou só em fazer uma coisa legal para colocar no ar. Os cavalinhos nasceram oito ou nove anos atrás como cavalinhos digitais. Eu inventei o cavalinho só para mostrar que três times estavam empatados e a diferença era no fotochart. Fiz isso uns três domingos e falei chega. Quando paramos de fazer, a torcida do Grêmio, que tinha assumido a liderança, mandou um monte de e-mail: “Como assim? Agora que meu cavalinho ia ser o líder vocês tiraram! Aí não pudemos mais tirar os cavalinhos”.
Outro exemplo da força dos cavalinhos foi quando resolveram trocar os animais por carrinhos. Tadeu diz que a reclamação não foi somente da torcida do Grêmio, mas de todos os clubes. O apresentador explica que os carrinhos não tinham vida.
Esporte, a parte mais legal do Fantástico
Mas o que é bom sempre pode ficar melhor. A virada veio em 2014, quando o Departamento de Artes do fantástico teve a ideia de os cavalinhos virarem bonecos. Tadeu diz que o sucesso não foi imediato porque faltava ele saber interagir com os animais. Não teve reclamação, mas também não causou.
“O impacto veio quando eu aprendi a interagir e com o cavalinho do Vasco da Gama. O segundo ano, quando o Vasco começou a sofrer aquele drama, vai ser rebaixado, não vai ser rebaixado. E o cavalinho português era muito característico com aquela voz. Foi com o cavalinho do Vasco que o negócio pegou”, recorda o apresentador do Fantástico.
Ele revela que este cavalinho é o seu preferido e sempre que precisa fazer um quadro sem time específico escala aquele que tem sotaque português. E Tadeu é mais que um apresentador figura. É o próprio jornalista quem roteiriza o quadro que integra a parte que mais gosta de fazer no Fantástico, o esporte.
“Não só os cavalinhos, mas todo o futebol. Contar aquelas histórias com a pegada diferente, uma brincadeira, uma surpresa é sem dúvida o que mais gosto de fazer.”
Ligado nos jogos de domingo
Apresentador de um dos programas mais renomados da televisão brasileiro, Tadeu Schmidt faz o mesmo que milhões de brasileiros nas tardes de domingo: assiste futebol. A diferença é que o cara pode dizer que é trabalho. Como precisa roteirizar a parte dos gols, fica de olho em tudo que está acontecendo.
“Eu fico de frente para uma parede com quatro televisões e fica um editor vendo um jogo com muita atenção, sabendo todos os detalhes. Eu fico vendo os quatro sem responsabilidade, mas para ver coincidências entre eles. Aí o que acontece, eu sento com cada um deles. E contam o que houve e vou roteirizar.”
Fonte: TV UOL