Futebol

Surfista vascaíno dá a receita para permanecer na crista da onda

– Eles podem ser da capital do surfe no Brasil, mas quem vai pegar essa onda é o Vasco.

O tom inicial é de provocação, mas o surfista profissional Gustavo Fernandes, vascaíno, recebeu a equipe de reportagem do LANCE! para mostrar como o time comandado por Ricardo Gomes pode fazer para seguir na crista da onda e sem tomar caldo, hoje, contra o Avaí, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!.

O surfista, que nos últimos anos foi campeão brasileiro e bi carioca, conversou com o LANCE! no quintal de sua casa, pois é desta forma que considera a Praia da Macumba, na Zona Oeste do Rio. Neto e filho de vascaínos, ele caiu no mar com uma camisa cruz-maltina. Antes, porém, deu a primeira dica para que o time siga na maré alta.

– É preciso respeito. Nós, surfistas, respeitamos muito o mar, pois sabemos que, a qualquer momento, ele pode nos derrubar. O Vasco precisa entrar em campo desta forma, respeitando o Avaí, mas, é claro, dominando-o, assim como faço com as ondas – explicou o surfista.

A lição parece ter sido aprendida pelos vascaínos, e não é de hoje. Segundo Fernando Prass, com humildade o Cruz-Maltino conseguiu se manter na disputa do título da Copa do Brasil.

– Temos de respeitar o Avaí. É um adversário que exige respeito, mas, é claro, vamos fazer de tudo para vencê-lo. Na Copa do Brasil, História não vence jogo. Sempre respeitamos a todos. Acho que, por isso, temos conseguidos nos manter – destacou Prass.

Assim como muitos torcedores, Gustavo também voltou a acreditar no time somente nestes últimos meses, após anos sem a conquista de um título. A boa fase sob o comando de Ricardo Gomes anima. Na linguagem do surfe, “ar” é descer uma onda. Mas, para Gustavo, o Vasco só tem a subir rumo ao título.

– O Vascão tem que ar essa onda, vencer essa Copa do Brasil. Estamos precisando. E nada melhor do que já vencer o Avaí. Mostrar para eles que o Rio é a capital brasileira do futebol e do surfe também, não Santa Catarina – finalizou o surfista.

Bate-Bola, com Gustavo Fernandes
Como começou sua paixão pelo surfe?
Eu sempre surfei, desde criança mesmo. Aos 18, virei profissional, ganhei títulos importantes e não parei mais.

E a paixão pelo Vasco, começou quando?
Vem de berço. Meu avô, meu pai, todos são vascaínos. Meu filho também já torce pelo Vasco. O Matheus, que tem apenas três anos. Tomara que ele possa ver já cedo o clube dele ser campeão, ganhar algo impor tante.

E o que tem achado do time do Vasco? Você vai sempre ao estádio ver os jogos?
Faz um tempinho que não vou. Mas quero voltar, pois, o time está jogando muito. Passamos por uma fase ruim, sem ganhar nada de importante. Acho que é o momento de voltarmos a levar algo de peso. Contra o Avaí, não consegui ingresso. Mas vou voltar logo.

Não vai justamente no jogo contra o Avaí, que é da capital do surfe no Brasil?
Pelo menos, costumam dizer isso, não é? Acho que capital do surfe mesmo é o Rio. Tem muito surfista emSanta Catarina, mas a etapa do circuito mundial no Brasil, que era lá, voltou para cá neste ano. E o Vasco vai ajudar a mostrar que aqui é a terra do futebol e do surfe (risos).

Vocês respeitam o mar, certo? E dentro de campo, é preciso ter respeito também?
Aprendemos a respeitar o mar desde pequenos. Sabe, no campeonato de surfe,nemsempre o melhor vence. Se um cara pega a melhor onda do dia, não dá para lutar contra isso. Em campo acho que é parecido. Por isso é preciso respeitar e ter atenção sempre.

(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)

Fonte: Jornal Lance