STJD define nova pena para o Vasco por confusão em São Januário
Relator Otávio Noronha apresenta o caso da "barbárie" em São Januário no Vasco x Flamengo. No julgamento de primeira instância, o clube foi punido com a perda de seis mandos de campo e R$ 75 mil de multa.
Por causa de um problema de saúde, o procurador Felipe Bevilacqua não está presente no julgamento.
O presidente pede que o relator já dê o seu voto. Julgamento deve ser mais rápido do que se imaginava.
Relator Otávio Noronha diz que os clubes são obrigados a prevenir confusões em seus estádios. Diz achar adequada a punição original de seis mandos de campo, mas com portões fechados. Multa mantida em R$ 75 mil. Esse foi o voto. E ele mantém a multa ao Flamengo de R$ 5 mil.
Advogado do Vasco, Paulo Rubens Máximo tem a palavra e critica a ação da Polícia Militar. Diz que os policiais geraram o tumulto ao revidarem com bombas quando objetos foram arremessados no campo.
Paulo Rubens Máximo diz que nos 90 anos de São januário nunca havia tido um problema como a invasão das cabines de transmissão do estádio. Lembra que a CBF nunca fez nenhuma exigência sobre o local.
Advogado do Vasco diz que o clube não aceita a punição porque o clube cumpriu todas as exigências para que o estádio pudesse receber jogos.
Advogado do Vasco pede a redução de seis para quatro partidas de perda de mando de campo - três jogos já foram cumpridos.
Auditor Paulo César Salomão está com a palavra para voto. Diz que o caso é emblemático e contundente, um "espetáculo dantesco".
Voto de Paulo César Salomão: acompanha o voto do relator, de perda de seis mandos de campo. Multa de R$ 5 mil ao Flamengo mantida.
Auditor João Bosco Luz com a palavra para voto.
João Bosco Luz diz que o estádio é um reflexo da sociedade, e que é preciso uma punição. Ele acolhe integralmente o voto do relator para seis partidas com portões fechados. Sobre o Flamengo, diz que o arremesso de um objeto não identificado merece pena de R$ 3 mil, e não R$ 5 mil.
Auditor José Perdiz com a palavra para voto.
José Perdiz diz que o confronto foi um ponto fora da curva. Acredita que o clássico em um estádio pequeno é um risco maior. Ele acompanha o relator sobre portões fechados e perda de seis mandos de campo. Sobre a multa ao Flamengo, vota por R$ 3 mil, e não R$ 5 mil.
Auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva vota com a divergência.
Auditora Arlete Mesquita acompanha integralmente o voto do relator.
Auditor Ivo Amaral acompanha integralmente o voto do relator.
Presidente Ronaldo Piacente acompanha o voto do relator de perda de seis mandos de campo com portões fechados. Multa ao Flamengo cai de R$ 5 mil para R$ 3 mil.
Resultado final: mantida a decisão de seis mandos de campo, mas com portões fechados. Multa de R$ 75 mil. Multa do Flamengo cai de R$ 5 mil para R$ 3 mil.
Fonte: ge