Sócios do Vasco terão que pagar R$ 1.500 para ter direito ao voto
A linha editorial deste blog foi criticada nos últimos dias, para uns pela constante oposição à Eurico Miranda, confundida com contrariedade à instituição, para outros por não apresentar ideias positivas para o futuro o clube. No dia 29 de dezembro, no entanto, as esperanças de um Vasco melhor se reduziram um pouco mais, e não adianta maquiar a verdade, ter falsas esperanças, pois a condição de capitania hereditária está cada vez mais complexa de ser revertida.
Horas depois de mais uma nota oficial divulgada pela presidência, em que um tardio diagnóstico da catastrófica gestão Roberto Dinamite foi apresentado e que foram informadas as medidas que estão sendo tomadas para tentar recuperar a instituição, o Conselho Deliberativo conheceu os primeiros detalhes do novo programa de sócios, que tornará ainda mais inviável uma reviravolta no quadro político do clube.
A associação com direito a voto custará R$ 1.500, apenas para a adesão, além de 13 mensalidades de R$ 60. Agora, todo esforço da oposição e de todos os cruz-maltinos pela participação em larga escala do torcedor na vida do clube se torna mais duro, já que não é qualquer um que pode desembolsar este valor, ainda mais que a adesão deve ser possível, no máximo, com o pagamento em três parcelas.
O sócio-torcedor comum, que terá vantagens na compra de ingressos e poderá estar ligado ao Cruz-Maltino mesmo a quilômetros de distância, como promete a diretoria, não votará nas eleições. Ou seja, este grupo de apaixonados que ajudará ativamente na geração de receitas, nessa mina de ouro que viraram estes programas, no entanto, estará alijado de decidir o futuro do Vasco.
João Marcos Amorim, presidente da Cruzada Vascaína, principal grupo da base de apoio de Julio Brant nas eleições do ano passado, mostrou que assimilou o duro golpe e admitiu ao Caldeirão Cruz-Maltinoque a campanha pela associação em massa já não é a prioridade do momento.
"Ao contrário do que muitos pensam, entendemos que o nosso eleitor está dentro de quadro atual de sócios. Vamos trabalhar com eles. São vascaínos que estão junto ao clube há tempos e merecem toda a nossa atenção. Entrando novos sócios, ótimo para o clube e pra nós, mas estamos ao lado e atentos para os que já são sócios", afirmou.
Há alguns dias, em entrevista ao Bate-Bola, Brant ainda denunciou que os sócios - inclusive ele próprio - estavam sendo impedidos de pagar suas mensalidades, assim como novos sócios tinham suas entradas dificultadas pelo clube.
Claramente, o objetivo da diretoria é deixar a oposição de mãos atadas. Vale lembrar que a repórter daESPN Brasil, Gabriela Moreira, já havia mostrado ontem que os conselheiros sequer poderiam conhecer com antecedência, a Proposta Orçamentária para 2016, algo incorreto na administração de qualquer entidade.
Ontem, na reunião do Conselho, conforme detalhou João Marcos, uma "pequena parte dos conselheiros, incorformados com os debates respeitosos entre o próprio presidente do clube e conselheiros da oposição", tentou tumultuar a sessão de maneira agressiva, tentando impedir os pronunciamentos, encerrando um dos raros espaços de diálogo no Vasco.
A prática é sempre essa, de atrapalhar quem pode questionar, de não dar divulgação correta às informações, números e dados. Aí, fica complicado lançar cartinha humilde de balanço de fim de ano. Por mais bem intencionada que ela se mostre, não bate com os atos, que dão a sensação de que o principal objetivo é sentenciar a família Miranda no poder.
A aposta para 2017, quando ocorrerá novo pleito, é que a margem de 50% dos votos em outros candidatos que não Eurico, aumente de maneira natural, diante das medidas impopulares e de resultados esportivos como o terceiro rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Em outra medida anunciada ontem pela diretoria, a adesão de novos sócios-gerais, também com direito a voto, foi suspensa, supostamente para não atrapalhar o lançamento do sócio-torcedor. Os associados atuais, no entanto, não têm qualquer mudança em seu status, inclusive mantendo o direito ao voto nas próximas eleições.
Fonte: ESPN BrasilMais lidas
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