Sócios do Vasco correm o risco de arcar com as dívidas do clube
Lembra do Ricardinho, que jogou no Vasco em 2006? O atacante entrou em campo 11 vezes e fez um gol. O jogador entrou na Justiça para receber dívidas que o clube tinha com ele. Até aí, nada de anormal, esta é a realidade de muitos times brasileiros com imensas dívidas trabalhistas. A novidade é que, dessa vez, existe o risco de a conta ir para o sócio vascaíno.
Uma decisão judicial pode mudar a relação das instituições esportivas com a Justiça Trabalhista. Segundo a lei de moralização do futebol, que é de 2003, se um clube alegar que não tem como pagar o compromisso, a bola rola para outros:
Pela lei, podemos escolher um, dois, seis ou até todos os sócios do clube e executar a dívida. Isso desde que o Vasco enrole ou diga que não tem condição de quitar a dívida. É a primeira vez que o tribunal decide pela responsabilidade solidária, que se encontra na lei 1672/03 afirmou o advogado do jogador, Luis Leven Siano, que quer aumentar o montante de cerca de R$300 mil para mais de dois milhões de reais devido a juros e correção monetárias.
O jogador já venceu em duas instâncias, sendo que, na segunda, o Vasco perdeu o prazo para recorrer.
Nada de acordo
Se realmente vencer a ação e nem o clube, nem os sócios puderem sanar o débito, os associados escolhidos ficarão com o nome sujo na praça e não poderão ter crédito, fazer financiamento até que paguem o devido.
Já podemos começar a execução, mas ainda estamos analisando qual a melhor estratégia para o caso afirmou Siano, que tentou um acordo logo que Roberto Dinamite foi eleito presidente.
Ricardinho atuaria pelo clube e a dívida seria paga com os salários. Mas o então técnico Tita vetou o negócio.O EXTRA entrou em contato com o Vasco, mas ninguém no clube quis comentar o assunto.