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Sócio do Vasco, poeta de Rondônia é homenageado no carnaval

A agremiação carnavalesca Galo da Meia Noite, um dos maiores cordões momescos da região norte, este ano desfila inspirado na vida de Ernesto Melo, 60 anos, um cantador, poeta da música popular de Rondônia, compositor, cronista da sua cidade natal e sambista por intuição, talento e vocação.

A preocupação da diretoria do Galo é apresentar o homenageado à sua ala de compositores, para que eles iniciem, urgentemente, a feitura das marchinhas que vão embalar o bloco pelas ruas da cidade. O homenageado é funcionário público federal, lotado na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Rondônia, casado com Maria Erenir Coral dos Santos Melo, nascido na Maternidade Darcy Vargas nos idos de agosto de 1951, em Porto Velho.

Músico, e dos bons, escreve, toca violão, banjo e cavaquinho, e vem se revelando um dos compositores mais voltados a escrever sobre a antiga Porto Velho, contando musicalmente as história e estórias, nuances e situações que marcaram a vida da capital; além disso, Ernesto gosta também de se debruçar sobre os personagens folclóricos e artísticos e sobre o Mocambo, o Triângulo e o Caiari, quando quer dar vazão à sua criatividade de bamba.

Um de seus shows denominou-se “Canta Mocambo” e foi levado a efeito nos maiores espaços culturais de Porto Velho, caracterizando-se como um show essencialmente regional, contando com uma produção profissional com Direção Artística, Direção Musical, Produção, em que participaram músicos e produtores do melhor quilate, como Ênio Melo e Norman Johnson Jr., no violão; Dadá, cavaquinho; Mávilo Melo e Carlinhos Maracanã, surdo; Bebeto, pandeiro; Zé Baixinho, Oscar, Bira Carioca, Silvio Santos e Bainha, ritmos; Babá, Sabará e Edson Melo, vozes, sob a direção do Produtor Musical, Antônio Serpa do Amaral Filho (Basinho).

Ernesto Melo apresentou-se também em outros espaços de cultura como: Casa de Cultura Ivan Marrocos, Escolas de Samba Pobres do Caiari, Diplomatas e Asfaltão, Restaurante da Ziza, Pizzaria Roda-Viva, Escolas, Praças e Clubes com o Projeto Cinco e Meia, idealizado pelo Produtor Cultural Bubu Johnson. Apresentou-se, também, a pedido de amigos quando em intercâmbio musical, na Quadra do G.R.E.S. Portela e no Restaurante Roda-Viva, no Rio de Janeiro, ao lado do Bondinho do Pão de Açúcar, no show de Elza Soares e Pedrinho da Flor. Ernesto Melo também é conhecido no meio musical como o “Velho”, apelido carinhoso que ganhou do compositor Silvio Santos quando ao levar o então rapaz Ernesto Melo para as rodas de samba como uma promessa viu surgir um dos maiores compositores regionais, cantando as coisas “velhas” como se as tivesse vivido, nascendo daí o “Velho” Ernesto Melo.

Com suas palavras, o “Velho” conta suas estórias. Ele sempre diz que não é um cantor e sim um contador de estórias: Depoimento de Ernesto Melo “Nasci no meio musical. Meu pai, Esmite Bento de Melo, um pioneiro e historiador dos melhores, nos presenteava sempre com tocatas aos domingos em casa, na pacata Porto Velho do meio do século passado, sob os acordes maravilhosos de Jorge Andrade, Paulo Santos, Ivo Santana; vozes como Sabará, Humberto Amorim e o mesmo Jorge Andrade, músico completo. Não era surpresa termos em nossos fins de semana ao sabor de memoráveis pratos de tartaruga preparados pelo eterno Lili, o Liberato ou melhor, o Môco, convidados da melhor qualidade, como Waldick Soriano, Adilson Ramos ou todo o time do Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, quando vinha jogar na região.

Eu mesmo sou vascaíno e Sócio-Proprietário do meu Clube desde aquela época. Porto Velho dos anos 50 já era Território Federal. Havia nascido de porções generosas do Estado do Amazonas (Porto Velho e para o norte) e do Estado do Mato-Grosso (Santo Antônio para o sul e Vale do Guaporé) na gestão do Presidente Getúlio Vargas. Nossas parcas comunicações com o sul/sudeste eram os aviões cargueiros, os Búfalos e Hércules da Força Aérea Brasileira/FAB e as transmissões saudosas da Rádio Globo, Rádio Nacional, Rio-Mar e Difusora do Amazonas, as quais nos faziam “ver” os produtos oferecidos nos comerciais (Fanta – Tão saborosa que dá gosto ter sede ou do Grapette, quem bebe, repete) e os jogos no Maracanã.

No inverno amazônico, tínhamos também a presença dos navios de grande calado nos trazendo mantimentos, como o “Leopoldo Peres”, “Lobo D’Almada” e “Augusto Montenegro” dentre outros, o que minguava com a chegada do verão. Mas quando as águas subiam e voltavam aqueles “cisnes brancos” ao nosso caudaloso Rio Madeira, era maravilhoso visitá-los no porto e saborear a Coca-Cola tão falada. Isso aos 9, 10 anos. Saborear uma maçã, que só víamos nos filmes. O Grapette então, era o néctar dos deuses. Mas Porto Velho era linda. Fisicamente, éramos uma província na verdadeira acepção da palavra.

A cidade acabava alí próximo à Igreja de São Cristóvão e se dividia quase que por classe social ou por afinidade, mas nada compulsório. O centro era o comércio, onde portugueses, árabes, judeus, ingleses e tantos outros abriram seus pontos comerciais, cinemas, restaurantes, etc.; na Arigolândia se fixaram os “arigós”, soldados da borracha; na Favela residiam os carroceiros, com sua Escola (Escola Monteiro Lobato) que, à noite se transformava na sede do Sindicato e, aos fins de semana, na sede do Forró dos Carroceiros.

A Olaria era o reduto dos oleiros que trabalhavam na Fábrica de Tijolos do então Território; o Areal era só um caminho descendo ali entre o Pompílio e a Sérgio Marques onde hoje é o Colégio Dom Bosco. A Campos Sales rumo à Alexandre Guimarães era realmente só um caminho. No Triângulo e Alto do Bode residiam o pessoal da mão-de-obra da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, na sua grande maioria barbadianos, não todos, pois também vieram algumas famílias de Açores, Granada e de outras pequenas ilhas do Caribe. Apenas a arregimentação foi em Barbados, o que nos levou a caracterizá-los, todos, como barbadianos, esses senhores de pele escura e de um coração vermelho, forte e temente a Deus, que vieram nos cobrir de orgulho e fincar de uma vez por todas, a despeito do tal progresso, a nossa raiz, a nossa cultura e o nosso caráter nesta terra abençoada.

No Caiari, o nosso primeiro conjunto habitacional, ficaram os que compunham o “staff”, o Estado Maior da Estrada de Ferro, seus engenheiros, administradores, técnicos, etc., e, no Mocambo, os mascates. Vende-se tinta, troca-se batéia, compra-se tecido, bate-se um tambor à uma entidade, toca-se violão e por aí afora. Era uma comunidade sadia, trabalhadora mas, essencialmente boêmia. Antônio do Violão, Capote, Chicorote, Borba, Guedes, Zé Paca, Euro Lago, Manoel Magno de Arsolino, Piriquitinho, Esmite Bento de Melo, Waldir, D. Adélia, Lucimar, Tucandeira, Mugrabi, Cabeça, Valcir, Alemão, Jayme, Manelito, Amiraldo, Arlindo e tantos outros. Aí veio esse negócio de droga. Isso não tem muito tempo, não, um pouco mais de vinte e cinco anos, o que quer dizer um pouco mais que uma geração. Ainda bem que hoje arrefeceu. Menos mal. Outros bairros de uma gente decente e trabalhadora eram a Baixa da União e Morro do Querosene. Ali onde hoje é o Posto São Paulo e adjacências se erguia o Morro do Querosene. Atrás ficava a ponte que nos levava à Baixa da União (quando a “turma” do Eliézer deixava a gente passar).

Tinha a casa do Grilo, grande goleiro, tinha o China, o Bar do Zelada, o alto-falante da “A Voz da Cidade” e onde as festas de São João, Bois-Bumbás e Quadrilhas eram simplesmente de encher os olhos. A Baixa da União era, na verdade, uma comunidade ao redor de um campo de futebol. Era onde hoje se fez o Camelódromo. Ali nasceram craques como Nazaré, Rocha, Grilo, Guedes, Borba, dentre tantos outros. O Alto do Bode ficava um pouco mais atrás. Dizia meu pai que o nome do morro “Alto do Bode”, deu-se em função dos barbadianos que ali residiam, ao chegarem por estas plagas só falavam a língua-mãe, de origem, o inglês das Antilhas e dialetos, o que soava para os nativos, principalmente para os nordestinos pioneiros, como um “bodejar’, uma porção de bodes “falando”.

Tudo isso teve fim com a chegada do tal progresso. Pelos idos de 1965/66, nos mandaram o 5º. Batalhão de Engenharia e Construção, o 5º. BEC, com suas fardas e Coronéis goela abaixo, acabando com uma parte de nossa história ao devastarem o Alto do Bode, Morro do Querozene, Baixa da União e Vila Cachoeira. Ali nasceu a Av. Norte-Sul, hoje Rogério Weber.Era maravilhoso assistir no Cine-Teatro Resky as mais belas vozes da época como: Cauby Peixoto, Nelson Gonçalves, Orlando Dias. Nos encantamos, por exemplo, com Bienvenido Granda, artista mexicano famoso internacionalmente cantando nas varandas do Porto Velho Hotel, onde hoje é a UNIR, ou mesmo nos shows “prata da casa” no Bancrévea Clube com o “Bossa-Nova”, o maior dos nossos conjuntos regionais; com Jorge Andrade, Paulo Santos, Sabará, Ana Amélia e tantos outros.

Com tanto respaldo musical, o nosso caminho era mesmo a música, onde demos os primeiros passos ao lado de Silvio Santos. Daí veio o inevitável. Com Jorge Andrade, Bainha, Sabará, Bola-Sete, Leônidas, Augusta, Manelão, e tantos outros e por eles incentivados, fomos escrevendo as primeiras canções e caindo no gosto da velha-guarda. Principalmente pelo tema preferido que era falar de Porto Velho, de seus bairros, seus personagens e suas tradições como bem se depreende em toda essa obra, hoje em torno de 160 músicas escritas. Com o mesmo Jorge Andrade havíamos aprendido as primeiras notas musicais ao violão. Banjo e cavaquinho foi conseqüência. No princípio da década de 80, com o surgimento do pagode, fundamos o Grupo de Cultura Águas do Madeira, com músicos sambistas da melhor qualidade, fazendo shows e apresentações ou acompanhando e tocando junto com os grandes artistas que aqui vinham se apresentar, tais como: Grupo Fundo de Quintal, Quinzinho do Império Serrano, Grupo Só Preto Sem Preconceito, David Corrêa, Jamelão, Noca da Portela, Núbia Lafaiette, Dominguinhos do Estácio e tantos outros como Chico da Silva, de Manáus.

Éramos também muito bem recebidos quando em nossas andanças pelo Rio de Janeiro. Com Dominguinhos do Estácio nas rodas de samba naquela Escola aos pés do Morro de São Carlos; Jorginho do Império e Uracy Cardoso, hoje surdo do Zeca Pagodinho, que nos apresentou a Dona Yvone Lara, Delcio Carvalho e à saudosa Jovelina Pérola Negra lá em Madureira, no Império Serrano (a mais bela Escola de Samba do Rio de Janeiro, aos pés da Serrinha). Na Portela nos apresentamos sob o aval da Velha Guarda da Portela; com Pedrinho da Flor e Elza Soares no Restaurante Roda-Viva, na Praia Vermelha, ali onde sobe o Bondinho do Pão de Açúcar. Fomos homenageados por Jamelão, no Café Socyte; por Almir Guineto e o Grupo Samba SomSete no Asa Branca quando esse belo pagodeiro parou o seu show e apresentou um “sambista amigo de Rondônia, Ernesto Melo”. Com Agepê e Martinho estivemos no Feitiço da Vila, na Vila Isabel e ainda acompanhamos a parte técnica (gravação, mixagem, etc.) nos Estúdios Hawaí, na Gamboa, de gravações de Sambas Enredo de Manáus e de outras cidades, com Rixxa, que depois veio a puxar os sambas da Portela; com Gera, que depois veio a puxar os sambas da Vila Isabel; com Jorge Simas, violão de 7 de primeira qualidade e ritimistas do melhor quilate como Uracy Cardoso, Esguleba, Beloba, Bira Hawaí dentre tantos outros.

O Grupo Águas do Madeira compunha-se de Ernesto Melo, banjo; Enio Melo, cavaquinho e violão; Norman Johnson Jr., violão; Zé Baixinho, tantã; Mestre Oscar, repique; Neguinho do Pagode, tantã; Bebeto, pandeiro; Áureo, surdo; Carlinhos Maracanã, tantã e Bira Carioca no reco-reco, além de tantas participações como Babá, Bainha, Torrado, Nicodemos, Sabará, Zé Carlos, Edson Melo e Silvio Santos dentre tantos outros bambas. Do grupo musical Águas do Madeira nasceu o Grupo Kizomba, hoje Grupo Kizomba Axé, quando, no final de 80 achamos por bem parar de tocar na noite.Não sei a razão principal de parar. Acho que foi depois que passou a ilusão de gravar um CD, que era toda nossa aspiração. Depois de tanto procurar, depois de tanto tentar junto aos Órgãos de Cultura e empresariado local, Projetos e mais Projetos, esvaiu-se o sonho ao encontrar tantas dificuldades para a consecução desse projeto pessoal. Entretanto, em meados de 2000, fomos convidados pelo Grupo Mesa de Bar para apresentarmos um show na Taba do Cacique, show esse onde compareceu a fina flor dos amantes da música nascendo daí, sob o apoio do empresário Manoel Costa de Mendonça, o nosso Manelão, um embrião que resultou no CD intitulado “Ernesto Melo, o poeta da cidade”, editado pela Fundação Villa-Lobos da Prefeitura Municipal de Manaus que se interessou pelo trabalho, lançado em 2003 no mercado local, só com músicas próprias e pertinentes à nossa história.

Em 2002 vencemos o Festival Aberto de Música/SESC com a canção “Porto Velho, meu dengo” o que nos levou ao Paraná, na Cidade-Canção Maringá para representar Rondônia no 25º FEMUCIC e, em 2004 fomos contemplados com o Troféu “Prêmio de Opinião Pública-POP”, prêmio esse outorgado pelo CEPEM-Centro de Estudos, Pesquisa Política e Econômica da Amazônia. No carnaval local, em 2006, fomos contemplados com o “Estandarte de Ouro” de melhor Samba–Enredo. Em 2007, fui o melhor intérprete e, no ano de 2008, fui consagrado o compositor do samba campeão do carnaval.”Hoje, líder do Projeto Cultural “Ernesto elo e A Fina Flor do Samba”, Ernesto Melo se apresenta às sextas-feiras no Mercado Cultural, onde arregimenta, ao lado de Ênio Melo, violão de 6; Nicodemos, violão de 7, Audizio, cavaquinho; França, banjo; Mestre Oscar, repique e caixa; Neguinho e Karatê, rebolos; Zé Áureo e Basinho, surdos; Walber Cordeiro, pandeiro; Sérgio Ramos, ganzá; Beto Ramos, reco-reco; além das vozes de Hudson Mamedes, Assis do Areal e William Simpatia, o mais seleto público amante do samba de raiz, freqüentado, inclusive, por pessoas de outras cidades que souberam desse movimento cultural maravilhoso, que já ultrapassou as fronteiras de Porto Velho.

Este é Ernesto Melo, o poeta da Cidade, um apaixonado pelas coisas de sua gente, um pintor de aquarelas musicais cantando seu partido alto sem medo de ser feliz. As cores ele toma emprestado da multitonalidade que perfaz seu rincão natal: Porto Velho, uma cidade que nasceu no ventre da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, numa epopéia que arregimentou índios, brancos, negros, pardos, estrangeiros do mundo todo, caboclos e beradeiros. Se alguém for ao Triângulo, lá encontrará a alma de Ernesto Melo, porque, acompanhado da sua viola e Deus, ele foi testemunha ocular de uma cena inusitada: viu o samba subindo o morro do Triângulo na voz Black, Manga Rosa e Sabará, Doca Marinho e do Negro Valdemar. No Mocambo ainda ecoam os acordes perfeitos de suas serenatas, entoadas num tempo em que ali cheirava cachaça, cheirava desgraça, cheirava mulher. Não importa. O viver da gente simples e suas mazelas têm espaço bastante na criatividade do Poeta da Cidade, pois esses elementos são na verdade a matéria-prima de seus sambas mais sensíveis, quando o lamento se mistura com a saudade, a dor e a alegria de viver se fundem num mesmo almágama e a poesia se mescla à narrativa de um cronista que teima em não deixar morrer o manancial memorialístico inesgotável que ele carrega no seu coração e na sua mente, como um velho escriba predestinado a contar e a cantar para o povo os anais inexistentes nas obras pedagógicas servidas nos bancos escolares.

Ernesto canta para viver, para ver seu povo feliz, para pensar e repensar o passado, colhendo sabedoria para construir e celebrar o presente. Seu samba não é somente um lamento romântico e saudoso, é também um olhar profundo sobre a condição humana dos seus antepassados, uma leitura dos tempos idos, uma reconstrução poética de uma geografia que hoje basicamente só existe em suas memórias. O conjunto da obra de Ernesto Melo é, em suma, uma verdadeira declaração de amor à sua cidade natal.

Quis o destino que o Galo da Meia Noite e o músico Ernesto Melo se encontrassem na esquina do tempo, quando um faz 20 e o outro chega aos 60 anos de vida. O Galo da Meia Noite é um jovem fogoso, um brincalhão cordão carnavalesco, consciente de seu papel cultural no maior carnaval do Norte Brasileiro. Escolhendo homenagear o artista Ernesto Melo, o Galo da Meia Noite estará fazendo uma histórica ópera popular nas ruas desta cidade, pois a reverência e o respeito da juventude exaltando os 60 anos de um grande artista da terra desaguará num marco para a história do carnaval de Rondônia, com certeza, pelo simbolismo desse encontro, pela densidade dessa prosopopéia cultural, pela produção de muitas cores no buquê de poesia desse encontro e pela façanha inédita que só o Galo da Meia Noite tem carisma, sensibilidade, responsabilidade social e coragem cívica e cultural para tanto: dizer para o nosso sambista Ernesto Melo, em nome do povo da cidade de Porto Velho: EU TE AMO, POETA! Se o Bloco Faz 20 e o Poeta Faz 60, só sai no Galo quem agüenta!

Fonte: Tudo Rondônia