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Sócio do Vasco, juiz descarta pressão no julgamento

Ele é sócio do Vasco, mas nem por isso admitirá pressão externa para favorecer o clube cruzmaltino no julgamento de hoje. Há mais de 30 anos advogando na Justiça Trabalhista, e há oito trabalhando na Justiça Desportiva, o jurista Antônio Vanderler de Lima, 57 anos, casado, pai de um filho, que assumiu esse ano a presidência do TJD do Rio de Janeiro, afirma que todos os nove componentes do Pleno Tribunal estão acima de qualquer suspeita para definir o futuro da Taça Guanabara.

“São pessoas acostumadas com decisões polêmicas, por mais dor ou alegria que elas possam causar aos envolvidos. Infelizmente, temos de fazer justiça e não podemos agradar a todos”, ressalta Vanderler.

Apesar de não revelar seu clube do coração, o jurista afirma que tem ligações com vários times. Entre eles, Flamengo e Botafogo, além do Vasco. Porém, nada que influencie na decisão de hoje.

“Faço parte apenas de uma comissão e meu voto só será computado caso haja empate entre os outros oito integrantes da mesa”, explica Vanderler, revelando que a mesa também está recheada de torcedores de clubes variados.

Com pulso firme e uma vasta experiência em decisões desportivas, o advogado afirma que na hora do julgamento, não existirá diferença entre Vasco e o Resende.

“Seremos imparciais. Não importa se do outro lado está um clube de grande torcida ou uma pequena agremiação. Nosso trabalho é voluntário e não ganhamos nada com isso. Portanto, não estamos aqui para torcer nada, apenas para fazer justiça”, salienta.

O jurista ressalta também que a ajuda do Fluminense ao Resende no julgamento ou mesmo uma possível pressão do presidente da Federação, Rubens Lopes, não interferirá em nada. “Não faz a menor diferença. Pelo contrário. Se eu ver que há abuso de alguma parte ou leviandade, posso mandar até prender os envolvidos”, diz.

Resende fica só na torcida pela vaga

O Resende voltou a afirmar ontem que não vai se envolver e ficará apenas de observador do julgamento de hoje no Pleno Tribunal do TJD. O clube sequer vai enviar advogados para tentar manter a punição ao Vasco.

Juridicamente, o Resende tem direito de se tornar parte interessada no processo, porém, o presidente Ricardo Jorge Simão e o advogado Alberto Macedo confirmaram que o clube ficará apenas na torcida para que a punição do Vasco seja mantida.

“Vamos aguardar o resultado. Não temos interesse de entrar no processo, porque conquistamos nossa vaga dentro de campo. Não temos nada contra o Vasco, mas acho que se eles cometeram um erro, têm que pagar por isso. A confiança é muito grande no Pleno Tribunal da Federação e do fato de que continuaremos classificados”, afirmou o presidente Ricardo Jorge Simão.

O dirigente espera não ter frustrados os planos de seus jogadores e do técnico Roy. “Nossa chance de classificação era remota e conseguimos de forma honrosa. Será uma frustração muito grande para a cidade se a gente perder esta vaga, porque estamos vivendo um momento mágico”, disse.

Fonte: O Dia