Futebol

Sobre clássico, Roth não é tão ufanista quanto Eurico

Se depender do técnico Celso Roth, o Flamengo é quem vai pagar o pato pelo jejum de vitórias do Vasco. Seu time não vence há três jogos no Brasileirão — vem de duas derrotas e um empate — e não comemora uma vitória no Maracanã há seis partidas.
Motivos suficientes para motivar ainda mais o Vasco a vencer o arqui-rival, domingo, e continuar na luta por uma vaga na Libertadores e, quem sabe, pelo título.

“Nos últimos três jogos, de nove pontos somamos apenas um. Essa é a hora do Vasco retomar o caminho das vitórias e, por coincidência, o momento é o Flamengo”, disse Roth, já que a última vitória do Vasco, no Maracanã, foi sobre o rival, por 3 a 0, dia 25 de março.

Ao contrário do presidente Eurico Miranda, que considera a vitória sobre o arqui-rival a conquista de um título à parte, Roth prefere não ser tão ufanista.

“O presidente tem esse jeito e a gente respeita. Mas são coisas de direção de clube para clube. Nós, profissionais, temos de trabalhar com equilíbrio, analisar o Flamengo e tirar proveito dessas observações para vencermos o clássico”, disse Roth.

Mas o treinador admite que, por mais sobriedade, é quase impossível não se deixar contagiar com o clima do ‘clássico dos milhões’.

“Vasco x Flamengo é um jogo único, de grande rivalidade. A gente não é máquina e acaba se envolvendo por esse clima que toma conta da cidade”, reconhece.

SONO TRANQÜILO

A convincente vitória do Flamengo por 3 a 1 sobre o Cruzeiro, quarta-feira, não tira o sono de Roth, que mostra respeito pelo rival.

“Nosso sinal de alerta já estava ligado há tempo. Mesmo se o Flamengo não vencesse o Cruzeiro”, avisou.

O técnico foi político com o colega rubro-negro Joel Santana. “Temos uma relação amistosa, o considero um grande treinador e, além do mais, o Joel é um campeoníssimo no Rio”, lembrou Roth, referindo-se aos vários títulos estaduais de Joel, que o tornaram conhecido como o ‘Rei do Rio’.

Fonte: O Dia