Só o Caldeirão salva
Pois é. Com a derrota de 2 a 0 para o América, no Azteca, o Vasco terá de repetir em São Januário o esforço que fez contra o Lanús, há 15 dias, para seguir na Copa Sul-Americana. É bom lembrar que a vantagem dos mexicanos poderia ter sido até maior, dada a postura essencialmente defensiva dos cruzmaltinos e o fato de o América ter tido um homem a mais ao longo de quase toda a etapa final. Vale lamentar, no entanto, que o árbitro uruguaio Martín Vasquez deixou de assinalar um pênalti em Leandro Amaral quando o placar era de 0 a 0.
O Vasco apresentou-se estrategicamente recuado, atraindo o América para tentar surpreendê-lo no contraataque. Mas temendo o esgotamento precoce, por causa da altitude, altitude, o time carioca evitava sair em alta velocidade e sobretudo os passes longos, facilitando a marcação do adversário, que partia para cima, explorando a intensa movimentação dos seus homens de frente, confundindo a zaga cruzmaltina. Sob pressão, o Vasco também era obrigado a prender os alas, mostrando-se tímido no aspecto ofensivo. Assim, se o América desperdiçou oportunidades em chutes de Mosqueda e Castromán, a equipe do Rio só teve, na prática, uma chance de verdade, no tal pênalti de Ismael Rodriguez em Leandro Amaral que o juiz ignorou.
No intervalo, Rubens Júnior garantiu que o Vasco precisava apenas “jogar um pouquinho mais” para vencer. Mas o time também voltou recuado para a segunda etapa, deixando que o América alugasse o meio-de-campo, forçando as conclusões, abrindo o placar na cabeçada de Davino que Silvio Luiz não teve como segurar.
Após a tola expulsão de Júlio Santos, aos 11 minutos, Celso Roth passou a promover mudanças para recompor o time, e quem sabe até torná-lo mais agressivo, dado que o trio substituído – Roberto Lopes, Conca e Alan Kardec – não estava estava jogando nada. A providência porém mostrou-se inútil, e o América seguiu pressionando, ampliando com Lopez, obrigando o Vasco a fazer das tripas coração no Rio para tentar a vaga, embora não seja impossível fazê-lo.
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