Futebol

Situação faz Vasco se sentir seguro mesmo com a falência da 777

Os detalhes do processo de falência da 777 Partners cada vez mais vem à tona. Segundo reportagem do site norueguês "Josimar Football", a "A-CAP" — seguradora que tomou o controle dos ativos da companhia norte-americana — colocou os clubes e demais bens da companhia à venda. O UOL, porém, apurou que o Vasco sente-se seguro por causa de um acordo feito entre as partes que obriga a empresa a consultar e obter uma anuência do Cruz-maltino em qualquer negociação.

O que aconteceu

Vasco e 777 Partners haviam entrado em um processo de arbitragem na Fundação Getúlio Vargas (FGV). O clube e a empresa já haviam indicado seus árbitros e faltava apenas a escolha do terceiro, em comum acordo.

A A-Cap, porém, assumiu o controle dos ativos da 777 e chegou a um acordo com o Vasco. Na tratativa, ficou estabelecido uma suspensão por 90 dias da arbitragem para dar tranquilidade na resolução dos imbróglios.

Com este acordo, a A-CAP é obrigada a avisar ao Vasco sobre qualquer negociação. Além disso, uma eventual transação precisa ter a anuência do Cruz-maltino, situação que o deixa seguro judicialmente mesmo com as notícias mais recentes.

Clubes, iate e jatinho à venda

A "A-CAP" colocou todos os clubes da 777 Partners à venda. Além do Vasco, fazem parte do portifólio da empresa Genoa (Itália), Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha), Red Star (França), Melbourne Victory (Austrália) e Sevilla (como sócia minoritária).

Um luxuoso iate e um jatinho particular da companhia também estão à venda pela seguradora. A embarcação está no valor de US$ 1,8 milhão (R$ 9,8 milhões) e a aeronave por US$ 20 milhões (R$ 109 milhões).

Ainda segundo a "Josimar Football", a A-CAP tem encontrado dificuldades para vender os clubes. Há um processo movido pelo fundo inglês "Leadenhall" contra a dissipação de ativos da 777. Caso a ação seja acatada, a seguradora pode ser impedida de negociar as equipes.

A reportagem ainda destaca que a 777 foi despejada de seu escritório em Miami (EUA) por falta de pagamento. Outros processos milionários movidos por empresas estão sendo feitos na Justiça com acusações de fraudes e calotes.

Fonte: UOL Esportes