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Site faz análise da derrota do Vasco para o Atlético-GO

A invencibilidade terminou. Foram 34 jogos oficiais consecutivos, em sete meses e alguns dias, e um título estadual invicto. Motivo de orgulho para o grupo de jogadores e para a comissão técnica de Jorginho, que até agora faz um trabalho com seriedade e consciência de onde quer chegar. De fato, houve a frustração pela derrota ter sido logo diante do Atlético-GO, no jogo em que o time poderia igualar a maior série invicta registrada na história do clube. Mas o treinador frisou: não apaga o que cada um fez. Já é a maior série em partidas oficiais.

Em Cariacica, no Kleber Andrade lotado de vascaínos, o presidente Eurico Miranda, o vice-presidente geral Fernando Horta e outros membros da diretoria viram erros individuais que comprometeram a invencibilidade - diante de um Atlético bem treinado por Marcelo Cabo - e também sentiram a falta de Nenê. Assim como todos os cruz-maltinos no estádio. Que o time sentiria a ausência do camisa 10 não é surpresa. A derrota, porém, evidenciou mais ainda o fator.

Não porque a equipe tenha sido apática em campo, pelo contrário. E sim porque o time mostrou certa carência no setor criativo e no poder decisivo. Os erros de Rodrigo e Jordi foram grosseiros, não há como negar, mas a forma com que o Vasco atacou no segundo tempo nos fazia crer que viraria o placar. O quê faltou? Melhor troca de passes no meio de campo, pontaria, tomada rápida de decisões e velocidade em determinados momentos.

É claro que apontar imperfeições com palavras é fácil. E a Série B não é tão simples. Os adversários podem surpreender. No caso do Atlético-GO, Jorginho sabia do perigo. Vice-líder, que igualou o número de pontos do Vasco com a vitória. Em algum momento a derrota do Cruz-Maltino aconteceria. Talvez tenha sido um pequeno susto que mostrasse as necessidades do elenco. Aos pontos:

AUSÊNCIA DE NENÊ E ENTRADA DE PIKACHU

- Não há um substituto a altura de Nenê e é injusto que a torcida o exija, já que o camisa 10 é um dos melhores meias em atividade no Brasil no momento. A colocação de Yago Pikachu no meio, ainda que ele estivesse vindo jogando bem na lateral direita, fez com que Andrezinho jogasse recuado e dificultasse sua participação nas jogadas de criação. 

E O FELLYPE GABRIEL? PRA QUANDO?

- Fellype Gabriel foi uma contratação pensando no setor de criatividade. Há, porém, o receio de como estará sua forma, já que ano passado só atuou alguns minutos durante apenas uma partida. Jorginho pretende fazer alguns coletivos, talvez essa semana, ou até jogo-treino para dar ritmo ao meia e poder relacioná-lo em breve. Para o jogo desta terça, contra o Náutico, ainda é cedo.

MAIS EVANDER

- Evander é um jogador visto com bons olhos pela torcida, por ser jovem, promissor e criado na base cruz-maltina. Em campo, ele não parece se intimidar. Mas acabou de fazer 18 anos. Há de se entender a cautela de Jorginho ao utilizá-lo. Ele pode ser colocado com mais frequência nos jogos. Aquela bola na trave no segundo tempo não é para qualquer um.

S.O.S ATAQUE

- A diretoria continua em busca, e, na derrota, a necessidade ficou ainda mais explícita: o Vasco precisa contratar um atacante. Alguém que facilite a missão de bola na rede, tanto sendo autor do gol, quanto fazendo a função de pivô e participando das jogadas. Que decida junto com Nenê... Leandrão se esforçou. Marcou duas vezes contra o Joinville e pecou na pontaria diante do Atlético. Ao Thalles, faltou agilidade e poder de decisão. Jorginho já deixou clara a importância de um reforço para a posição. Lembrando que ainda tem Copa do Brasil pela frente. 

CAMINHADA AINDA É LONGA

- A caminhada é longa. O Vasco vai para a nona rodada da Série B, contra o Náutico, terça-feira, em São Januário, às 19h15 (de Brasília). Contando com esta, faltam 30 jogos para o fim da competição, para um acesso tranquilo - essa é a expectativa - à Primeira Divisão. Quase o número de partidas que o time ficou invicto... 

Fonte: ge