Futebol

Sinal amarelo para o Vasco

Nova derrota, mesma explicação. Essa tem sido a rotina do Vasco nos últimos 30 dias. Ontem, no desembarque da delegação, após mais um revés, agora frente ao América-MEX, na altitude da capital do país, o técnico Celso Roth e os jogadores adotaram, novamente, o discurso da continuidade do trabalho, e preferiram se concentrar na recuperação no Campeonato Brasileiro, contra o Botafogo, domingo, no Maracanã.

Apesar da impressionante seqüência negativa, o discurso sereno e a certeza de que dias melhores virão é ensaiado entre todos no clube.

“Temos que continuar com a rotina de trabalho, não há porque mudar. Os resultados aconteciam antes, só não estão vindo agora. Todos passam por fases como essa. Temos que saber lidar com isso, e encontrar o que está dando errado”, explicou Celso Roth.

O técnico voltou a lembrar que a expectativa em cima do desempenho vascaíno se tornou maior do que a qualidade do grupo poderia suportar:

“Volto a dizer: no início, ninguém acreditava na gente, mas o time encaixou e os resultados surgiram, criou-se uma expectativa. É lógico que não é normal e ninguém gosta de ficar tanto sem ganhar, mas é necessário que vejam limitações do Vasco”, assumiu o treinador.

E para dificultar ainda mais - ou facilitar - a recuperação no campeonato, o Vasco terá dois clássicos decisivos pela frente: domingo, contra o Botafogo, e depois, o Flamengo. Ciente de que é a hora da verdade, o zagueiro Júlio Santos garantiu estar disposto à tudo para trazer a paz de volta à São Januário:

“Na situação em que nos encontramos, não há cansaço, nem nada, temos é que vencer, independentemente de qualquer dificuldade”, sentenciou.

Pelo menos uma justificativa fugiu da do lugar-comum:Roth comparou a dificuldade do Vasco de vencer fora de casa ao sistema capitalista.

“Por causa desse sistema capitalista, a gente não vê mais aqueles jogadores trabalhados na periferia, que faziam jogos contra adversários maiores e mais velhos. Hoje, só existem as escolinhas. Só aprende malandragem, jogando”, analisou, curiosamente, o comandante vascaíno.

Fonte: Jornal dos Sports