Série B 2022 será a 2º divisão mais pesada do planeta
No próximo ano, a Série B do Campeonato Brasileiro será a segunda divisão de uma liga nacional de qualquer parte do planeta com maior presença de clubes que já se sagraram campeões continentais.
Com o rebaixamento do Grêmio, selado na semana passada, a próxima edição da divisão de acesso do futebol pentacampeão mundial levará a campo nada menos que seis títulos da Libertadores.
Só a equipe do Rio Grande do Sul já foi a melhor da América do Sul em três oportunidades: 1983, 1995 e 2017. Esse último troféu, aliás, foi o último conquistado por um treinador brasileiro (Renato Gaúcho) na competição que reúne as maiores potências da Conmebol.
Outros dois participantes da Série B-2022 também venceram a Libertadores. O Cruzeiro ganhou o torneio em 1976 e repetiu a dose em 1997. E o Vasco levou o troféu para a casa em 1998 -os cariocas também foram campeões sul-americanos em 1948, feito reconhecido pela entidade que gerencia o futebol no continente, mas que nunca foi oficialmente equiparado à competição atual.
Tanto os cruzeirenses quanto os vascaínos já estavam na "segundona" nacional na recém-encerrada temporada.
O time cruzmaltino até chegou a sonhar com o acesso, mas perdeu fôlego na reta final e terminou na décima posição. O clube de Belo Horizonte, por outro lado, passou um sufoco danado para não ser rebaixado para a Série C e sobreviveu na segunda divisão por apenas cinco pontos.
Além do Brasil, somente outros seis países entrarão em 2022 com clubes de sua segunda divisão (ou ligas equivalentes à Série B, onde não há sistema de acesso e rebaixamento) que já tiveram a honra de ser o melhor de um continente.
Depois do "país do futebol", México e Austrália são as nações que terão no próximo ano os torneios de segundo escalão com mais pesos pesados.
A Liga de Expansión mexicana conta com as presenças do Atlante, vencedor da Liga dos Campeões da Concacaf em 1983 e 2009, e da Universidad de Guadalajara (também conhecida como Leones Negros), que faturou a taça em 1978.
Já a NPL (National Premier League), liga semiprofissional que equivale ao segundo escalão da Austrália, conta com três campeões continentais dos tempos em que o país ainda disputava as competições da Oceania: Adelaide City (1987), South Melbourne (1999) e Wollongong Wolves (2001).
A Europa também tem campeões continentais que hoje andam em baixa e têm como próximo objetivo tentar retornar para a primeira divisão dos seus países.
A Inglaterra, terra do campeonato nacional mais poderoso da atualidade, conta com o Nottingham Forest, um bicampeão da Champions (1979 e 1980), na luta para voltar à elite. E, na Alemanha, quem busca fazer o mesmo caminho é o Hamburgo, o time número um do Velho Continente em 1983.
Países com campeões continentais na 2ª divisão
Brasil: 6 títulos (Cruzeiro, Grêmio e Vasco)
Austrália: 3 títulos (Adelaide City, South Melbourne e Wollongong Wolves)
México: 3 títulos (Atlante e Universidad de Guadalajara)
Inglaterra: 2 títulos (Nottingham Forest)
Japão: 2 títulos (JEF United Chiba e Tokyo Verdy)
Alemanha: 1 título (Hamburgo)
Coreia do Sul: 1 título (Busan IPark)
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